- Novos dados do relatório Mauve são baseados em entrevistas com 600 expatriados profissionais trabalhando em três países da América Latina, sendo 200 no Brasil
- Entre os que estão baseados no Brasil, 22,5% disseram que seu salário e benefícios atuais são “muito melhores”, enquanto 38,2% os consideram “melhores”.
Quando se trata de remuneração, a maioria (60%) dos profissionais expatriados no Brasil está mais satisfeita com seu salário atual em comparação ao que ganhava em seu país de origem, segundo um novo relatório do Mauve Group, fornecedora global de soluções em RH, expansão de negócios e emprego.
O estudo revela ainda que não é apenas o valor monetário que os expatriados no Brasil apreciam, mas também a qualidade de vida pessoal e profissional. 74% classificam sua qualidade de vida pessoal como “melhor” ou “muito melhor” do que no país de origem (com apenas 8,7% considerando-a “pior”), e 62,4% avaliam sua qualidade de vida profissional como “melhor” ou “muito melhor” (com 17,3% achando-a “pior”).
Esses dados fazem parte do relatório lançado recentemente pelo grupo, que documenta as experiências profissionais de expatriados em três dos destinos de realocação mais populares da América Latina – Brasil, México e Colômbia – a partir da perspectiva de profissionais que se mudam dos Estados Unidos, Europa, Ásia e outros países da própria região.
De acordo com as descobertas, as preferências dos expatriados para se realocarem variam conforme a região de origem: 24,2% dos expatriados asiáticos, principalmente da Índia, preferem a Colômbia; 30,1% dos europeus, principalmente da Alemanha, favorecem o Brasil; e 38,7% dos norte-americanos, dos Estados Unidos e Canadá, escolhem o México como destino.
O termo planismo reflete a realidade global dos negócios, onde a localização física deixou de ser uma barreira e passou a ser uma escolha estratégica.
“O mercado de negócios da América Latina entrou na era do Planismo, onde a localização física e a realocação já não tem mais tantas limitações rígidas, como antes. Agora, a ‘praça’ evoluiu para um terceiro ‘p’, ao lado de preço e produto, permitindo que marcas e empresas extraiam valor e ganhem vantagem competitiva. E, como nossa pesquisa confirma, a América Latina está no centro dessa tendência”, explica Jaime Bustamante, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Mauve Group para a América Latina.
Parece que o fato de ser motivado pela promessa de um salário melhor não está apenas atraindo expatriados para o Brasil, mas também levando os próprios brasileiros a buscar melhores oportunidades de trabalho. Um estudo da consultoria brasileira Michael Page descobriu que 71% dos brasileiros citam um salário mais competitivo como o principal motivo para mudar de emprego. Um estudo similar da WeWork com trabalhadores da América Latina também mostrou que o salário é a principal prioridade deles, seguido pela flexibilidade no trabalho.
Jaime observa que, embora os salários no Brasil possam parecer mais baixos do que os dos Estados Unidos ou Singapura, o custo de vida no país oferece uma qualidade de vida comparável. Por exemplo, um profissional de TI no Brasil recebe um salário médio entre $1.800 e $4.400 USD, enquanto nos Estados Unidos, o salário médio é de $10.154 USD. No entanto, isso não se traduz necessariamente em um padrão de vida superior para os profissionais dos EUA, já que o custo de vida em São Francisco, coração do Vale do Silício, é 274% mais caro do que em São Paulo, principal polo tecnológico do Brasil. Custos mais baixos com moradia, alimentação e transporte no México ajudam a reduzir a diferença de renda.
“Já bem estabelecido como um dos motores econômicos do crescimento e inovação na América Latina, o Brasil também se destacou como um sério concorrente nos rankings de ‘qualidade de vida’, aos quais os expatriados prestam muita atenção, ficando entre os 10 melhores países para viver no exterior, segundo a mais recente pesquisa do Internations”, acrescenta Jaime.
Embora o relatório da Mauve também tenha identificado alguns desafios ao se viver e trabalhar no Brasil, como lidar com a burocracia local e a adaptação à produtividade no início da jornada, a empresa acredita que há maneiras de superar esses obstáculos potenciais, desde que as empresas ajudem seus profissionais a seguir os passos corretos antes e depois da mudança.
“Muitas vezes, a realocação é entendida apenas como mover funcionários, encontrar escolas e acomodação, mas como nossa pesquisa claramente mostra, os aspectos mais fundamentais da vida profissional dos expatriados – como obrigações fiscais e status de imigração – têm um impacto direto não apenas na produtividade no trabalho, mas também na qualidade de vida e satisfação a longo prazo para todos os envolvidos.”
Mauve Group:
Com mais de 28 anos de experiência, o Mauve Group é um dos principais fornecedores globais de soluções de RH, Employer of Record (EOR) e consultoria empresarial. O grupo desenvolveu um conhecimento global para apoiar empresas de todos os tamanhos que planejam expandir internacionalmente.