Artigos – Marcas e Mercados https://marcasemercados.com.br Encontre insights, tendências e dicas para impulsionar o seu negócio. Navegue por artigos e análises relevantes sobre branding, estratégias de mercado e muito mais. Marque presença no mundo dos negócios com conhecimento e informação de qualidade. Acesse marcasemercados.com.br agora mesmo! Thu, 18 Apr 2024 14:23:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://marcasemercados.com.br/wp-content/uploads/2023/07/mmm.png Artigos – Marcas e Mercados https://marcasemercados.com.br 32 32 Por que tantas recuperações judiciais? https://marcasemercados.com.br/por-que-tantas-recuperacoes-judiciais/ https://marcasemercados.com.br/por-que-tantas-recuperacoes-judiciais/#respond Thu, 18 Apr 2024 14:23:13 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=9074 Nas últimas semanas, a imprensa reproduziu amplamente o indicador de recuperações judiciais produzido e monitorado pela Serasa Experian, a concorrente britânica do histórico SPC, este desenvolvido pela Câmara dos Dirigentes Logistas, que oferece serviços de proteção ao crédito.

123Milhas, Starbucks BR, Subway BR, Supermercados Dia, Gol, M. Officer, Botafogo SAF, Americanas e, para a atual surpresa do mercado, até a Polishop. Essas foram algumas das cerca de 1.500 empresas que recorreram a esse tipo de instrumento. Além disso, temos casos de empresas que já vinham sob a égide de uma RJ, mas que apresentaram revisões em seus planos de recuperação, como a Oi e a Light.

Em fevereiro, foram abertos 169 requerimentos de Recuperação Judicial, além de 80 pedidos de falência. O número de RJs cresceu 64% em relação ao mesmo período de 2023, mas esse número isoladamente não quer dizer muita coisa.

Inúmeros fatores se combinam para que uma empresa precise recorrer a este instrumento de proteção empresarial. E é justamente esse o objetivo de uma RJ: proteger a empresa de seus credores, que podem ter suas cobranças suspensas por até 360 dias.

Essa temporada já tem apresentado resultados preocupantes. Casas Bahia divulgou prejuízo de R$ 1 bilhão no 4T23, além de seu índice de liquidez indicar que a Companhia terá dificuldades para permanecer saudável. Carrefour, Braskem e Marisa são outras três empresas que seguem em linha similar. Mas também tivemos boas notícias, com Light e Usiminas revertendo prejuízos que foram apresentados em 2022.

A fórmula do insucesso foi muito parecida. Primeiro, durante a pandemia, tomaram decisões considerando exclusivamente o cenário do momento. Segundo, essas decisões levaram as empresas, por diferentes motivos, a captar recursos de terceiros. Uns para investimento, outros para giro, etc. Terceiro, no pós-pandemia, as demandas artificiais sumiram e se ajustaram. Quem vendeu mais, passou a vender menos.

Um empresário precisa tomar decisões difíceis com velocidade. Mas o conhecimento em gerenciamento de riscos corporativos poderia ter ajudado. Veja o que observei em alguns desses casos: no pós-pandemia, muitos elementos que compunham o custo das empresas subiram assustadoramente de preço. Com isso, algumas delas entraram em prejuízo operacional e rapidamente deterioraram o caixa que tinha à disposição.

Lembra daquelas captações que foram feitas durante a pandemia? A gigantesca maioria apresentava cláusulas de vencimento antecipado cujos covenants foram sendo quebrados pelas empresas no curso dessa experiência de 2020 a 2023.

E como está o cenário nas empresas gigantes que são listadas em bolsas de valores? Em seu último levantamento a esse respeito, em 2023, a Ideagen apontou um crescimento de 12,5% no total de pareceres de auditoria externa apontando riscos à continuidade dos negócios.

As recuperações judiciais resolvem o problema? Não necessariamente. Em geral, os planos de recuperação apresentados pelas empresas a seus credores se resumem a ações de corte de custos e à proposição de um cronograma alongado de pagamento. Raramente são apresentadas estratégias de transformação empresarial, de incremento de vendas, de eficiência tecnológica ou outras medidas mais contundentes.

O resultado é visto no grande número de falências decretadas, isto é, de empresas que são declaradas como insolventes e irrecuperáveis têm sido igualmente grande. Nos últimos 12 meses, foram 733 falências decretadas, frente a um total de 974 pedidos abertos. Isso significa um fator de aproximadamente 75% de irrecuperabilidade.

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Estratégias para vencer as incertezas https://marcasemercados.com.br/estrategias-para-vencer-as-incertezas/ https://marcasemercados.com.br/estrategias-para-vencer-as-incertezas/#respond Thu, 11 Apr 2024 13:18:18 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8877 Outro dia, tive uma conversa com uma amiga que estava embarcando em um novo relacionamento. Ela estava super ansiosa e querendo estar certa de que essa era a pessoa com quem ia se casar. No entanto, percebi que essa busca constante por certezas estava prejudicando sua capacidade de se entregar completamente ao momento, já que a atenção estava mais na necessidade de garantias do que no próprio relacionamento.

O ser humano é assim. Temos a necessidade de ter certeza na vida e de ter o controle de tudo. No entanto, vivemos em um mundo de probabilidades. Como disse certa vez o sociólogo Zygmut Bauman: “A única coisa que podemos ter certeza é a incerteza”.

Confiamos demais em nossos sentimentos. Muitas vezes, podemos nos sentir péssimos quando estamos incomodados, achamos que tem algo errado. É sempre desconfortável fazer algo em que não temos experiência.

Então, como trabalhar num ambiente incerto? O escritor Nassim Taleb disse certa vez: “Probabilidade… é aceitar a falta de certeza no nosso conhecimento e desenvolver métodos para lidar com a nossa ignorância.”

A “Teoria da Janela Quebrada” sugere que, onde há uma janela quebrada, a probabilidade de mais janelas quebradas aumenta (princípio da entropia). Portanto, o primeiro passo é manter nossas “janelinhas” intactas, como nossa saúde física e mental.

Precisamos entender que estamos sempre jogando um jogo infinito. Se desistirmos amanhã, falhamos para sempre. No entanto, quando persistimos por muito tempo, isso aumenta significativamente as chances de sucesso. No final das contas, é um jogo de sorte. Sorte aqui definimos o momento em que a oportunidade encontra a preparação.

É muito importante estar sempre se atualizando. Por exemplo, 85% das profissões que vão existir em 2030, ainda não foram criadas. Então, estude e aprenda as novas tendências.

Tenha quantos planos forem necessários e avalie todos os riscos possíveis. Normalmente, o pior cenário não é tão ruim quanto imaginamos. Quando trabalhamos com essa perspectiva, fica mais fácil driblar os riscos e lidar com os problemas.

Manter uma reserva de emergência na conta bancária é outro método valioso para lidar com as incertezas nos negócios. Ninguém previu a pandemia. Os negócios que não tinham caixa de reserva faliram ou entraram em dívidas exorbitantes.

Por fim, diversifique! Diversifique nos seus investimentos, diversifique nas suas fontes de receita pessoal. Não confie em um único empregador que vai garantir seu salário para todo o sempre. Dessa forma, você diminui a probabilidade de ficar à deriva.

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A causa é maior que a luta https://marcasemercados.com.br/a-causa-e-maior-que-a-luta/ https://marcasemercados.com.br/a-causa-e-maior-que-a-luta/#respond Mon, 08 Apr 2024 20:54:07 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8803 É impossível não se impactar com as recentes notícias sobre o “choro” da ministra após cobranças do Presidente da República. Uma mulher que aceita um desafio como esse precisa ao menos ser tratada com mais respeito, inclusive, quando expressa seus sentimentos. O que teria feito a professora Nisia Trindade aceitar esse convite? Qual seria a sua motivação decorridos 16 meses dessa sua trajetória?. Para alguém que galgou posições nunca antes ocupadas por mulheres como à Presidência da Fiocruz e o Ministério da Saúde a resposta é que a causa é maior que a luta.

Seja qual for a dificuldade do caminho quando uma mulher persiste, todas seguimos com ela. A sua capacidade técnica é testada diariamente, basta não agradar a um terceiro interessado. A sua fragilidade é explorada, a sua coragem é posta à prova nas decisões diárias cujo abono questiona até mesmo a sua qualificação de pesquisadora. Mas quando uma alcança, eu repito, todas nós alcançamos.

A mulher segue trabalhando e planejando os próximos passos e isso faz parte da essência feminina. A cada demonstração de transparência municia o seu redor para críticas sexistas inaceitáveis no Brasil que sobreviveu a uma pandemia no tempo em que essa mesma Nisia comandava a FIOCRUZ, abriu dezenas de leitos especializados e viabilizou a vacina que salvou milhões de pessoas.

As últimas notícias intencionavam reduzi-la e enquadrá-la como uma mulher que chora, que tem uma relação de “comadres” com a primeira-dama e foi inclusive por ela consolada.Que ousadia tentar diminuir a Ministra Nisia somente porque é mulher. Um homem nessa posição jamais seria tratado dessa forma. Se foi cobrada por seu chefe publicamente deveríamos lembrar que ela tem sido frequentemente elogiada pelo mesmo Presidente porque certamente merece. Se foi realmente apoiada por outra mulher que está imersa no núcleo duro governista brasileiro merece mais ainda.

Não se trata de um episódio midiático de assédio público que na mão de alguns inevitavelmente se transformaria em capital político para uma tentativa eleitoreira. Nosso voto feminino não pode mais ser destinado a pessoas que não entendem a responsabilidade dessa representatividade. Não somos quotas partidárias. Os problemas são antigos e precedem a ministra mulher. A dengue, a urgência de um SUS com equidade sem a qual os Yanomamis sucumbirão ou as articulações políticas vitais para do Ministério da Saúde fazem parte dos desafios da luta diária, mas a permanência da mulher onde ela chegou é a causa.

A doutora Nisia não se abalou com as matérias, não acusou o golpe, mas nós mulheres nos indignamos sim. Não com as cobranças do Presidente. Fomos forjadas para desempenhar simultaneamente várias tarefas sejam elas em nossa casa ou no trabalho. Ser cobrada faz parte. Ser testada em um contexto político é para quem tem couraça e isso nossa ministra tem de sobra.

A indignação é motivação. Força ministra! Se quiser pode chorar porque a Senhora escreveu o seu nome na história e é um nome de mulher.

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Empreendedorismo com propósito https://marcasemercados.com.br/empreendedorismo-com-proposito/ https://marcasemercados.com.br/empreendedorismo-com-proposito/#respond Mon, 08 Apr 2024 12:19:43 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8774 Nasci em Nova Iguaçu, cidade do estado do Rio de Janeiro, e comecei a empreender desde muito cedo. Nos meus primeiros passos no empreendedorismo vendi pipa. Já adulto, fui professor voluntário de curso preparatório para alunos que não podiam pagar pelo estudo. Depois virei monitor, coordenador, dono de curso preparatório e, hoje, tenho uma rede de ensino.

Acredito que a chave do sucesso está na sabedoria, em aprender com os acertos e erros dos outros. Empreender é mais do que buscar resultados financeiros, é uma jornada de desenvolvimento pessoal.

O começo é sempre desafiador, mas à medida que avançamos, embora não se torne mais fácil, as coisas começam a fluir. O essencial é dar o primeiro passo, despertar para o seu propósito, investir suas energias no seu sonho e fazer acontecer.

Já enfrentei situações em minha vida em que pensei que seria o fim da minha jornada como empreendedor. Porém, essas fases me tornaram mais fortes e contribuíram para meu crescimento.

O que não te contaram sobre empreendedorismo, eu te conto: a inspiração é o primeiro passo para ter sucesso no seu negócio. Quando abrimos os nossos olhos para exemplos que nos inspiram, enxergamos um mundo de possibilidades que talvez a gente nem sabia que existia. Eu sou fã do apresentador Silvio Santos, por exemplo.

Acho incrível como a história de vida dele é inspiradora. Começando como engraxate aos 13 anos e depois se tornando um visionário e inovador nos negócios. Ele realmente fez uma jornada notável. Sua capacidade de transformar sua própria vida e a vida das pessoas ao seu redor é admirável. Com certeza, ele é um exemplo de empreendedorismo e determinação. É maravilhoso ver como histórias como a dele podem inspirar tantas pessoas.

Enxergo o empreendedorismo como um propósito! É importante estar preparado para enfrentar os desafios que surgem ao longo do caminho. Não vou te iludir e falar que será fácil, mas a mentalidade certa pode fazer a diferença na jornada empreendedora.

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O fim das redes sociais https://marcasemercados.com.br/o-fim-das-redes-sociais/ https://marcasemercados.com.br/o-fim-das-redes-sociais/#respond Thu, 28 Mar 2024 18:01:30 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8653 O mundo real já se mistura com o digital há algum tempo, mas nunca foi tão difícil discernir sobre intelecto, profissionalismo, propriedade dos fatos, na verdade nunca foi tão fácil “desconfiar”, mas o problema não é esse, e sim o contrário, a confiança naquilo que inexiste, que foi gerado por algoritmos ou meramente inventado/criado por pessoas que buscam enganar.

Há um projeto de pesquisa de doutorado que versa sobre a verossimilhança, e que ela se torna mais importante do que a realidade, o estudioso é Vinicius Cacofonias, cujo perfil no Instagram é @cacofonias (será este um perfil falso? Nesse caso creio que não).

De toda forma, estar de acordo com a verdade não necessariamente é tê-la ao lado, motivo pelo qual aquilo que lhe pareça verdadeiro pode não o ser.

Vejamos, há poucos dias comprei seguidores no Instagram, o engraçado é que a própria compra deu colapso e o número de seguidores quintuplicou, passando dos 100 mil (comprei 10 mil, mas acho que o “bot” se perdeu).

A questão aqui é: se comprei 10 mil e estou com 100 mil, e anterior à compra possuía 3 mil, posso afirmar que 87 mil seguidores são orgânicos, e quem dirá que não são? Notemos bem: quem dirá que não são? Quantos desavisados minimante ficarão na dúvida? E basta a dúvida para que uma verdade seja criada. A pergunta que vos faço é: Quantos eu já tinha? Quantos mais aqueles que foram comprados, gerarão de reciprocidade nos curiosos? Como você interpretaria essa ação? Ruim? Boa? É possível dizer que “ser fake” na realidade é ser verdadeiro em um mundo de postagens estapafúrdias, de coachs que vendem até mesmo a condição de serem melhores que “apóstolos”? Alguns exageram tanto que usam ícones mundiais para as suas falácias, como falar de Ayrton Senna em um tom menor que o da sua grandiosidade mundialmente conhecida.

Mundo do cão, ou melhor mundo das mídias onde nessa velocidade perderemos tudo que é real, e digo isso pelo crescimento aceleradíssimo das inteligências artificiais, fatalmente muito em breve por exemplo as compras de seguidores será algo quase que perfeito, pois a partir do momento que se respeitar um estereótipo, localização geográfica, especificidade e necessidade, será algo impossível de ser questionado.

Em meu teste fui além, tive a curiosidade de visitar alguns perfis de pessoas que conheço, em busca dos tais “bots” comprados, claro que você leitor deste artigo já sabe a resposta, eles obviamente estão por lá, facilmente detectáveis, facilmente verificados, mas por quanto tempo será assim?

Se estivéssemos apenas falando de seguidores ou motivações sem relevância tudo estaria mais ou menos controlado, mas não é, não está assim caros leitores, estamos construindo uma árvore com tantas ramificações fraudulentas, mas que possui tanta energia para crescer que não conseguirá ficar de pé por muito mais tempo, e a questão a ser trabalhada neste artigo é: enquanto esta árvore criar galhos e não cair, como se proteger das armadilhas?

Fato que empresas se mostram maiores ou menores do que são, que pessoas criam situações que nunca existiram, que locais de terceiros sofrem apropriações nas mídias como se seu, meu fossem, tudo parece tão desnecessariamente falso que estamos perdendo a noção até mesmo do bom senso.

Quando digo perdendo a noção do bom senso é quando compramos um produto que não chega (pois nunca chegaria mesmo), quando contratamos empresas para soluções que não são feitas (visto que não existem) ou quando nos fazemos parecer ser algo que não somos.

Não usamos em nossos negócios notícias fraudulentas, nem tampouco tiramos fotos ou fazemos filmagens das quais não poderão ser efetivamente comprovadas depois, somos feitos de presença, de realidade, de acertos e erros, e sempre que você se deparar com algo que beira a perfeição ou somente se subjuga para ganhar outros tipos de benefícios, minimante desconfie.

Ainda está nas nossas mãos e na nossa mente a percepção daquilo que verdade é, mas precisamos dar um passo para trás, questionar mais, perguntar mais, avaliar mais, pois já estamos vivendo nas mídias o mundo das falas de pessoas que não falaram, dos vídeos de pessoas que não gravaram, dos lugares idos que nunca foram, dos serviços prestados perfeitos que nunca existiram e, por fim, os belos produtos a serem vendidos que nunca serão recepcionados por seus compradores. Aliado a essa infraestrutura do caos temos então golpes a serem praticados cada vez mais rápidos e cercados de perfeição.

Mas o que pode então ser feito? Dificil resposta para uma pergunta tão complexa neste mundo tão perfeito de imperfeições… Apenas observe mais, e se quiser conhecer um perfil de verdade, estou lá pelo LinkedIn, verificado e sendo transparente e real, ou não.

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Vini Jr e o racismo que nos adoece https://marcasemercados.com.br/vini-jr-e-o-racismo-que-nos-adoece/ https://marcasemercados.com.br/vini-jr-e-o-racismo-que-nos-adoece/#respond Thu, 28 Mar 2024 13:40:07 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8631 Infelizmente, mais uma vez precisamos falar sobre isso. Perceber um jogador de futebol, estrela de um dos maiores times do mundo, em uma coletiva, chorar pelo fato de ter de se defender e justificar sobre o racismo vivenciado, dói.

O choro pode ser julgado ainda assim, levando em consideração o fato de ser um homem negro e questionarem: “Ué, mas ele sempre ‘bate de frente’ no campo e até levanta o punho cerrado. Agora, ele está chorando?”

Sim! Estar no front e lutando frente a tantas violências que oprimem e violentam é dolorido. Ou será que pessoas negras não podem ter emoções? Ou será que não podem se expressar? Possivelmente, ambos os casos.

Quais são os posicionamentos que se tem? Não se tem. Será que existe uma normalização nisso tudo? Interessante dizer que se caso a pessoa reaja e fale algo, ela pode ser entendida como alguém que é arrogante, violenta ou “raivosa”.

Caso chore, a pessoa é considerada fraca. Os julgamentos sempre colocam a pessoa nos extremos. Ou se inferioriza ou se percebe como uma pessoa muito ruim.

O racismo adoece e muito. Lutar o tempo todo contra algo que impacta a sua existência. O quanto que adoece a cada um de nós. Para a população negra é sobre lutar pela existência e contra o processo de opressão e violência.

Mas, caso a pessoa fale e diga com todas as letras que aquilo é racismo, logo somos taxados como militantes e raivosos. Para estereótipos que associam pessoas negras ao papel de desumanos serve, não é?

O fato aqui é que o racismo desumaniza, como Frantz Fanon e Abdias Nascimento nos trazem perfeitamente em páginas dos livros “Pele Negra, máscaras brancas” e “O genocídio do Negro Brasileiro. Processo de um racismo mascarado” que, por vezes, precisamos parar e respirar.

Quando abordamos o assunto racismo e saúde mental da população negra, percebemos o quanto o adoecer dessas pessoas ainda é invalidado e ainda pouco abordado.

Isso gera na pessoa diversas marcas, como, por exemplo, o sentimento de não pertencimento; defectividade, que é a sensação de ser defeituoso; desejo de se isolar socialmente; processo ansiogênico, a ansiedade que causa desconforto físico e psíquico, e o silenciamento.

A escritora Conceição Evaristo nos traz uma reflexão com relação à luta que é bastante pertinente para o caso: “eles combinaram de nos matar, mas a gente combinamos de não morrer”

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Celebração de resiliência e luta https://marcasemercados.com.br/celebracao-de-resiliencia-e-luta/ https://marcasemercados.com.br/celebracao-de-resiliencia-e-luta/#respond Tue, 26 Mar 2024 11:15:10 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8565 Março é um mês especialmente relevante, remetendo ao Dia Internacional da Mulher, uma data que nos convida a refletir sobre as conquistas, desafios e lutas das mulheres em todo o mundo. Como mulher negra, essa data adquire um significado ainda mais profundo, por representar não apenas uma celebração da nossa força e resiliência, mas também uma oportunidade de destacar as questões específicas que enfrentamos na nossa jornada. Para nós, a resiliência e a resistência são características intrínsecas que permeiam nossa história e nossa identidade.

Apesar dos avanços significativos nas últimas décadas, ainda enfrentamos desafios e desigualdades persistentes em diversas áreas da vida, incluindo o mercado de trabalho, a educação, a saúde e a segurança. A discriminação racial e de gênero intersecta-se de maneira complexa, exacerbando as barreiras que enfrentamos e limitando nossas oportunidades. São muitos os desafios e desigualdades.

À medida que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, que hoje se estendeu por todo o mês de março, é essencial reconhecer e honrar as vozes e as experiências de mulheres negras que são inspiração, como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Sueli Carneiro dentre outras tantas mulheres negras que tanto nos inspiram. E claro, a nova geração que desponta a cada dia, que pavimentaram o caminho para as conquistas atuais.

Sabemos que a luta pelos direitos igualitários e tudo o que elas vêm buscando ao longo dos anos é insana. A busca constante de valorização, reconhecimento, seja ele profissional ou não. Tornando esse período simbólico, forjado no reconhecimento pelas mulheres que lutaram lá no século passado, para que as mulheres do nosso século e dos que ainda virão tenham direitos e deveres iguais.

Que nossa resiliência, nossa luta e nossa determinação continuem a inspirar e a capacitar gerações futuras. Que essa data, esse mês, seja um lembrete do nosso poder coletivo e do nosso compromisso contínuo de construir um mundo mais justo, igualitário e inclusivo abarcando todas as mulheres, independentemente de sua raça, etnia ou origem. É uma legítima celebração de resiliência e luta.

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Como o planejamento estratégico pode superar desafios tecnológicos? https://marcasemercados.com.br/como-o-planejamento-estrategico-pode-superar-desafios-tecnologicos/ https://marcasemercados.com.br/como-o-planejamento-estrategico-pode-superar-desafios-tecnologicos/#respond Thu, 21 Mar 2024 17:58:44 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8478 Início de ano é sinônimo de planejamento para o novo período que está começando. Quando se trata do universo corporativo e dos investimentos em tecnologia, essa preocupação é ainda maior, já que um orçamento mal planejado pode incorrer em precariedade de digitalização e até vulnerabilidades de segurança.

Nesse sentido, toda empresa que estrutura seus investimentos em novas tecnologias ou estratégias digitais toma como alicerce o potencial de gasto dimensionado para os próximos anos, o que inclui contratos de ação vigentes, como licenciamento de software, cujos custos são dispendiosos. Por isso, nessa fase de planejamento, é fundamental compreender se esses gastos estão dentro do que é adequado, além de traçar um roadmap de projetos para os próximos anos, a fim de alcançar um controle de custos mais assertivo.

Para tanto, o nível de maturidade digital e os tipos de processo de cada empresa influenciam bastante na jornada. Algumas, já dimensionam questões de planejamento estratégico para os próximos três ou cinco anos, enquanto outras só o fazem para o ano seguinte. Mas, quando se trata de gerenciamento de custos e planejamento estratégico para a nuvem, essa é uma questão urgente para qualquer organização nos dias atuais.

Maturidade digital

Uma coisa é fato: somente contratar pessoas ou softwares de controle não resolve as questões de maturidade digital das organizações. A solução é desenvolver um planejamento pautado em três pilares: pessoas, processos e tecnologia. E, para avançar nesse cenário, é cada vez mais essencial aliar as políticas internas a um novo momento do mercado.

De acordo com um estudo realizado pela consultoria McKinsey & Company em 2022, a média de maturidade digital das empresas brasileiras é de 39 pontos, em uma escala de 0 a 100. Isso significa que as companhias nacionais estão em um nível intermediário de maturidade digital, ainda com um grande potencial de crescimento.

Por este motivo, para contar com um planejamento assertivo que aproveitará todo o poder da tecnologia nos negócios, é preciso tratar de processos, iniciando com uma fase de diagnóstico. Nela é possível avaliar os gargalos internos, checar os pontos de melhorias mais imediatos e qual o impacto deles na organização. Incorporando essas transformações na empresa, aliadas às melhores práticas do mercado, é possível controlar os custos com tecnologia.

Já em relação às pessoas, o diagnóstico inicial suporta a compreensão se os colaboradores estão adequados aos novos processos ou se precisam de algum tipo de especialização. É sobre alocar as pessoas no lugar certo. Enquanto na parte de tecnologia, facilitar o entendimento sobre o tipo de tecnologia que a empresa está preparada para receber, uma vez que não adianta implementar a melhor ferramenta do mercado se não será possível usar todo o potencial de seus recursos.

Estes três pilares podem trazer uma visão mais assertiva para tomadas de decisão e adoção de novas tecnologias, traçando um plano mais adequado sobre o que o usuário final da organização está consumindo em software e ativos, afim de otimizar gastos e garantir uma melhor negociação com os fabricantes de softwares.

Superando os desafios tecnológicos

Ao passo que a adoção de tecnologias de nuvem tem sido acelerada, principalmente após a pandemia, o nível de maturidade tecnológica das pessoas dentro das organizações ainda é baixo, embora exista uma tendência de rápida evolução nos próximos anos – o que também emprega em uma nova preocupação para as corporações: a segurança.

Segundo estudo realizado pela empresa de segurança cibernética Kaspersky Lab em 2023, 90% das empresas brasileiras apresentam vulnerabilidades de segurança, principalmente impulsionadas por fatores como falta de conhecimento e conscientização sobre segurança cibernética; uso de tecnologias desatualizadas ou vulneráveis; e vulnerabilidades humanas, como erros de usuários ou falhas de segurança.

Em meio às complexidades do planejamento para o próximo ano no universo corporativo e nos investimentos em tecnologia, a conclusão é clara: a maturidade digital é um elemento crucial para o sucesso e a segurança das organizações.

Com um olhar atento sobre os pilares de pessoas, processos e tecnologia, é evidente que simplesmente adquirir recursos ou softwares não é suficiente. A evolução requer uma abordagem integrada, que inclui um diagnóstico preciso dos processos internos, a alocação adequada de talentos e a compreensão das capacidades tecnológicas.

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Alta cúpula e sua atuação nas empresas no mundo pós-pandêmico  https://marcasemercados.com.br/alta-cupula-e-sua-atuacao-nas-empresas-no-mundo-pos-pandemico/ https://marcasemercados.com.br/alta-cupula-e-sua-atuacao-nas-empresas-no-mundo-pos-pandemico/#respond Thu, 21 Mar 2024 16:51:22 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8474 A maioria das empresas nacionais, mesmo as que atuam na B3, são de origem e controle familiar. Isso não é novidade. Quando nos referimos a controle estamos tratando do poder de controle em geral, tanto em relação àqueles que detém 51% do capital social e/ou da influência significativa apta a decidir os passos da companhia.

Um movimento crescente e inevitável é a profissionalização através das estruturas de governança, entre elas o conselho de administração. O perfil do conselho das empresas de capital fechado tem se alterado bastante nos últimos anos, em especial no ano de 2022 e 2023 pós pandemia. Um dos fatores primordiais passa pela remuneração dos conselheiros e pela exigência de resultados efetivos.

O modelo de remuneração fixa por reunião e de percentual em resultados se mostram cada vez menos atrativos. Pelas seguintes razões: em tese o conselheiro participaria menos da vida cotidiana do conselho e estaria focado apenas na reunião em si. Sua remuneração seria um atrativo para tal conduta;  o bônus em resultado seria uma prática a estimular o resultado a curto prazo, o que não necessariamente seria o melhor para companhia e não focaria em uma visão de responsabilidade corporativa, inserida entre uma das principais funções do conselho.

A fase de conselhos meramente formais em que conselhos co-existem para serem fiscalizadores da diretoria e responsáveis pela estratégia macro das empresas, se encerra efetivamente com o início da pandemia.

As reuniões de horas e de dias marcados em salas fechadas, se substituíram por reuniões online, mais produtivas e assertivas. Do contrário, até a manutenção desse órgão clássico de governança corporativa seria colocado à prova.

Importante frisar que na grande maioria de sociedades anônimas fechadas e nas sociedades do tipo LTDA a existência de conselho de administração não é obrigatória. Se trata de uma boa prática sua criação e seu uso efetivo.

A modificação e exigência real de conselhos mais atuantes se acentuou na pós pandemia. Um fator marcante passou a ser um acompanhamento constante pelo conselho das atividades da diretoria, exigindo efetivamente a implementação dos valores e das estratégias aprovadas. Agora, essa criação do corpo da cultura empresarial é conjunta, atribuída ao conselho e à diretoria.

Não há dúvidas que as avaliações de conselho, realizadas por empresas especializadas, colaboraram para essa evolução. Pois, as notas e avaliações de desempenho serviram como bandeira de alerta, em relação ao que efetivamente se entrega por parte dos conselhos. Todavia, sem nenhuma dúvida, foi o mercado a grande força motriz na nova era de atuação dos conselhos.

Nos dias atuais, entre outras coisas, um conselheiro deve se apresentar constantemente como uma “espécie” de curador dos diretores direcionando-os com relativa frequência; participando de grupos estratégicos de whatsapp e afins.

De forma alguma estou afirmando que um conselheiro deve tocar a operação. Ao contrário, o conselho deve ter um pensamento e atuação estratégica colada e à disposição da diretoria, inclusive com competências complementares aos dos diretores, interferindo nessa ótica na diretoria, corrigindo sempre as rotas e focando no caminho previamente estabelecido.

Este último fator exige uma maior acuidade na escolha dos conselheiros, com suas personalidades, competências, complementaridades que devem estar alinhadas e precisam de realinhamento sempre levando em consideração o desejo institucional dos acionistas. Por si só, percebe-se que isso não é uma tarefa fácil. Desta feita, a idade ou senioridade não é mais condição necessária para ser um bom conselheiro.

Se exige e passa ser muito mais relevante a complementaridade, o tempo disponível e o alinhamento de propósitos. A velocidade exigida de um conselho e sua maior participação exigem um maior tempo dedicado e, como dito, “estar próximo da gestão” sem se misturar com a mesma, seria uma espécie de “sincretismo não vulgar” entre gestão e conselho.

Nessa intrincada teia de relações, a remuneração dos conselheiros tende a ser fixa e mensal, sem bônus, com uma crescente alta por seu valor agregado aos interesses dos acionistas e da própria companhia.

Essas breves notas querem demonstrar que o mercado, mais uma vez, mostra que é capaz de moldar às boas práticas. E não como se discute na academia, em que as boas práticas devem permear o mercado. Na verdade, o mercado e boas práticas, são faces da mesma moeda. Esse é o jogo infinito da profissionalização.

Serviço:

Instagram do Eduardo Brasil: https://www.instagram.com/brasil.eduardo/

Site do Fonseca Brasil Advogados: https://www.fonsecabrasil.com.br/

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Seja mais otimista https://marcasemercados.com.br/seja-mais-otimista/ https://marcasemercados.com.br/seja-mais-otimista/#respond Thu, 21 Mar 2024 13:46:10 +0000 https://marcasemercados.com.br/?p=8462 Você sabia que ser otimista pode influenciar positivamente no seu desempenho? Algumas pesquisas já comprovaram isso. Por exemplo, um experimento organizado pelo pesquisador Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia, acompanhou dois grupos de funcionários: os aprovados por aptidão e os escolhidos pelo otimismo. Logo no primeiro ano, os otimistas tiveram desempenho 21% melhor do que os demais.

Outro dia, assisti um episódio do meu podcast favorito, o The Diary of a CEO, tratando deste mesmo tema. Em algum momento do vídeo, a convidada traz um dado bem interessante: ‘Pessoas otimistas ganham, em média, 33 mil dólares a mais que pessoas pessimistas’.

A pesquisa não é bem clara e não dá para saber se isso acontece apenas pelo fato delas pensarem positivo, ou se elas compartilham características mais valorizadas no mercado de trabalho. O fato é que pessoas otimistas ganham mais!

A convidada ainda comentou que pessoas otimistas são mais felizes, porque correm mais riscos. E isso acontece pelo simples fato delas acreditarem que as coisas vão dar certo. Parece meio óbvio. Por que começar uma coisa pensando que vai dar errado?

É por isso que a maioria dos empreendedores de sucesso são pessoas otimistas. Outra opinião dada foi que o pessimismo está ligado a depressão. Mas o que fazer para se tornar uma pessoa mais otimista? A resposta dada não me agradou muito. Porém, fez-me lembrar da minha própria experiência com depressão, em 2015.

Na época, eu me via afundada em pensamentos negativos. Parecia o fim do mundo. Quando finalmente decidi sair desse buraco, fui a busca de algo que me ajudasse. Encontrei várias coisas: estudos, práticas, meditação entre outros. Mas qual foi o divisor de águas? Um TED Talk sobre a técnica da gratidão. Nela, a pessoa precisa terminar o seu dia dizendo três coisas pela qual foi grata naquele dia.

E o que isso faz? Isso faz com que, depois de um tempo praticando essa técnica, o seu cérebro começa a procurar coisas para citar ao final do dia. Você passa a olhar para o lado mais positivo do seu dia. Esse tempo varia, para mim foram uns 7 dias. Essa experiência me fez pensar: por que não trazer essa técnica para o meu negócio?

Criei um ritual antes de cada reunião semanal: cada um do time tem que compartilhar uma coisa positiva e uma coisa negativa que aconteceu com ela na semana anterior. Você tem um minuto para isso, ou seja, não gasta muito tempo! Tem uma regra, aliás. Você pode passar uma semana sem uma experiência negativa, mas uma positiva é obrigatória.

E por que o negativo? Ah, isso é para criar empatia! Às vezes, uma palavra atravessada numa conversa ou uma mensagem não respondida pode deixar alguém magoado. Quando compartilhamos o negativo, normalmente descobrimos que a pessoa estava passando por algo complicado quando não agiu da melhor forma.

Não se trata de uma sessão de terapia em grupo, mas ajuda a criar laços e compreensão. Essa prática trouxe resultados incríveis na cultura da empresa, na gestão e na união da equipe. É algo que vai além do profissional, cria empatia e positividade no ambiente. Isso pode fazer a diferença.

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