A Dimona nasceu no varejo, mas foi através da digitalização e industrialização de camisetas que a empresa ganhou o mercado internacional. A marca começou o processo de internacionalização em 2020 com o primeiro centro de produção de estamparia digital em Miami. Em 2022, abriu nova operação em Chicago e estreia em um novo segmento de negócios, com o licenciamento de um software próprio na Colômbia. Segundo o dado mais recente que consta no site do Ministério das Relações Exteriores, de 2020, 500 empresas brasileiras atuam nos Estados Unidos e uma das razões para mirar o mercado norte-americano é a facilidade para realizar essa operação.
Com a chegada da pandemia em 2020 o mercado entrou em forte expansão. As empresas precisaram repensar modelos de negócios e serviços e viram a necessidade de ampliar a oferta de produtos e estampas através dos meios digitais. A Dimona embarcou nessa oportunidade de ampliação da oferta de portfólio e de impressão sob demanda para montar sua primeira operação internacional.
No mercado internacional, a empresa atingiu, em 2022, um crescimento de quase 100% em volume de vendas e estima despachar em média 2.500 pedidos por dia somente nos EUA. De acordo com dados do mercado americano, estima-se que em 2024 o e-commerce de vestuário será um mercado de R$ 130 bilhões, ou seja, quase dois terços das peças de vestuário serão comprados online. “Se esse número é uma projeção em um mercado que já funciona, imagina o potencial do Brasil, onde o modelo de negócios ainda está em fase inicial”, acrescenta o sócio e CTO da companhia, Igor Blumberg.
Um dos modelos de negócio criado a partir dessa nova demanda é o Dropsimples: plataforma de integração da Dimona para a confecção de camisetas e acessórios on demand para e-commerces. Através dela, é possível conectar os pedidos do site do cliente direto na fábrica, onde a peça será produzida e entregue direto para o cliente final através da modalidade “dropshipping“.
O processo de dropshipping da Dimona nos Estados Unidos funciona de forma completamente digital, e já possui mais de 20 mil lojas parceiras, mandando diariamente pedidos com temáticas para serem entregues em todo o território brasileiro e norte-americano. Ao contrário do Brasil, onde a marca fabrica o próprio produto e distribui sob demanda, nos EUA, a Dimona está integrada com distribuidores via tecnologia. Significa que no momento que o pedido entra, o sistema se comunica com esses distribuidores, e 12h depois, as camisetas estão sendo produzidas com a estampa do cliente – tudo isso integrado com um software que a própria Dimona desenvolveu e um despacho em até três dias úteis.
“Se antes uma marca de camiseta precisava exportar ou abrir loja lá fora, agora ela só precisa integrar com a gente”, explica o engenheiro do software. Igor Blumberg destaca os aspectos fundamentais para a expansão internacional:
1 – É preciso traçar uma estratégia de imigração clara, e o primeiro passo para isso é encontrar um bom advogado de confiança, para iniciar todos os trâmites legais dos países envolvidos na expansão.
2 – Acesso a crédito nos primeiros 2 anos é muito difícil. Por isso, é importante planejar muito bem como a empresa vai se financiar. Dependendo da estrutura da empresa, o histórico de crédito do dono vai ser muito importante e é preciso ser feito com cuidado.
3 – Ter uma reserva de caixa, além do planejado, para emergências. Até porque, no começo, não vai ser possível pedir dinheiro ao banco.
4 – Encontrar um bom contador. Isso porque as regras são diferentes de país para país e ter um contador local vai ajudar a entender as regras do jogo.
5 – Contratar uma boa empresa de gerenciamento pessoal. Se for bem feito, processar folha de pagamento nos EUA, por exemplo, é muito mais fácil do que no Brasil. Todavia, essa burocracia pode virar uma grande dor de cabeça nas mãos erradas.
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