A Praça Mauá, Zona Portuária do Rio de Janeiro, ganhou, nesta sexta-feira (13/09), novas cores. A fachada do histórico edifício A Noite recebeu uma iluminação cênica, marcando o início da revitalização do prédio. As obras de desmontagem previstas para começarem no mês de novembro vão transformar o espaço em um residencial, com restaurantes e espaços abertos ao público. Comprado pela Azo Inc., o icônico edifício estilo art déco de 1929, foi sede de importantes empresas, como o jornal A Noite e a Rádio Nacional, e agora terá sua história preservada no projeto de retrofit.
“O lançamento do edifício A Noite como novo empreendimento residencial é um marco na recuperação e transformação do Centro da nossa cidade, da Zona Portuária. É mais um imóvel que renasce graças ao Reviver Centro e ao Porto Maravilha. O renascimento do Edifício A Noite, o primeiro arranha-céu da América Latina, é uma prova de que ninguém segura o Rio de Janeiro”, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que participou do evento de celebração da aquisição do prédio.
Construção tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com seus 23 andares e 102 metros de altura, que lhe deram o título de primeiro arranha-céu da América Latina, o novo A Noite promete ser mais uma das atrações turísticas no Centro do Rio. Terá áreas de restaurantes no térreo, e no rooftop, uma área aberta à visitação no Mirante Memória e observatório, além de mais espaços de gastronomia. O projeto prevê ainda um memorial da Rádio Nacional e um Chão de Estrelas para celebrar e homenagear artistas que passaram pela rádio.
“Tivemos a oportunidade de participar do processo de aquisição do A Noite e sabíamos que seria um sucesso diante de toda a vocação turística que a cidade tem. O Rio de Janeiro tem um potencial gigantesco para quem pretende investir aqui e a região do Centro é excepcional, de fácil deslocamento. O A Noite tem muita história e será um presente para a cidade”, ressaltou o CEO da Azo, José de Albuquerque, durante o evento na Praça Mauá.
A iluminação especial permanecerá durante as obras e depois em sua ocupação para que o A Noite não seja mais apagado. Além disso, para manter viva a história do prédio, a empresa manteve o nome original A Noite – nome do jornal que lá funcionou, e chegou a ser o vespertino de maior tiragem do país.
O residencial contará com 447 estúdios, em unidades com 37 a 47 m². O prazo para a entrega das obras é de 30 meses.