Na quarta-feira (23), foi lançada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, a Frente Parlamentar Mista dos Correspondentes Bancários (FPM do CORBAN), presidida pelo deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG). O evento contou com a presença de Mônica Costa, presidente da Associação Nacional das Empresas Correspondentes Bancárias (ANEC), e de outros parlamentares e representantes do setor, que destacaram a importância dos correspondentes bancários na promoção da inclusão financeira e no acesso a crédito para milhões de brasileiros.
Com o objetivo de representar os interesses dos correspondentes bancários no Congresso Nacional, a nova frente busca fortalecer a atuação legislativa em favor do setor. Além de fomentar o desenvolvimento econômico e social, a Frente Parlamentar atuará como uma ponte entre os profissionais que conhecem a realidade do mercado e os legisladores, garantindo que as regulamentações reflitam as demandas e os desafios enfrentados por esses agentes financeiros. “Esse é um segmento essencial para levar serviços financeiros a locais que não têm agências bancárias, garantindo o acesso a crédito e movimentação financeira,” afirmou o deputado Luiz Fernando Faria.
Durante o lançamento, representantes do setor reforçam a importância dos correspondentes bancários. Mônica Costa, presidente da ANEC, ressaltou a amplitude do setor, que conta com mais de 370.000 profissionais responsáveis por viabilizar cerca de R$ 50 bilhões em operações de crédito consignado em 2023. Artur Azevedo, do C6 Bank, e Alex Sander Moreira, da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), também destacaram o papel dos correspondentes no suporte ao desenvolvimento local em regiões remotas, como áreas rurais e periferias urbanas, reforçando seu impacto na inclusão financeira.
Sobre a missão de apoio financeiro em regiões desassistidas e os desafios regulatórios, o lançamento desta Frente joga luz sobre os correspondentes bancários apontando como são fundamentais para a democratização do crédito, oferecendo serviços de concessão de crédito em comunidades onde, muitas vezes, não há alternativas de atendimento bancário. Ademais, sobre os desafios regulatórios, atualmente, para ser um correspondente bancário, a empresa que atuará no setor precisa ser aprovada pela Instituição financeira que irá representar e pelo Banco Central do Brasil (BACEN), o que garante segurança e confiabilidade para o setor, mas precisa de maior transparência e diálogo com o setor para sempre viabilizar o crescimento de emprego e renda no setor.
Nas perspectivas para a atuação da Frente Parlamentar para o futuro, a Frente visa consolidar o setor como peça-chave do sistema financeiro brasileiro, promovendo uma maior representatividade legislativa. Entre as prioridades estão aprimorar a regulamentação, fortalecer a representação política do setor e ampliar o acesso ao crédito. A frente também buscará fortalecer o diálogo entre o Congresso e as entidades, visando a construção de políticas públicas que promovam o crescimento sustentável dos correspondentes bancários e atendam às necessidades das regiões desassistidas.