Diariamente, a profissão influencer cresce no Brasil. Dados da Nielsen (2022) relatam que o país é o segundo maior nesse ramo, atrás, apenas, dos Estados Unidos. No Instagram, os brasileiros dominam o ranking, com 10.5 milhões de profissionais. Mas, se engana quem acha que publicar fotos ou stories, contando momentos em família, da rotina, conquistas, é, de fato, um influenciador. Assim, com o propósito de tornar um cidadão renomado nessa carreira, nasceu a Creator Academy, mentoria elaborada pelas CEOs do Universo Jump, as irmãs Ju e Cris Paterson.
Diferencial. Cris afirma que a maioria das aulas, hoje, ensina a mexer no Instagram, na ferramenta, o que não é suficiente. Uma das matérias lecionadas na Creator Academy é a Inteligência Emocional, cujo objetivo é auxiliar a cuidar das emoções. “Os mentorados precisam lidar com hater, com situações em que os primeiros reels não obterão curtidas e nem compartilhamentos. Com relação às críticas ou quando não se consegue monetizar com as redes sociais, de qual jeito a cabeça fica? Isso é uma necessidade que vimos, em prática, com nossos influenciadores, o que nos motivou a inserir aqui”.
Paterson explica que há, também, ensinamentos sobre a importância da visão do mercado, referente ao influenciador e do número de seguidores que esse irá conquistar, gradativamente, além da monetização das marcas. “O mais relevante é o engajamento, qual a sua conversão e o quanto se tem uma comunidade ativa, a fim de gerar essa mesma conversão, de branding ou de venda de produtos ou serviços”, acrescenta a CEO.
Contrato. Declara que é uma parte da assessoria. “No curso, se aprende se o documento é apto a esse novo tipo de serviço. Outra coisa é a precificação. Chegam e falam que tem X. Porém, pela entrega que você dá pelo seu engajamento, não existe preço e sim, valor. Aí, eu pergunto: Todo influenciador é ciente? A resposta é Não. Então, essa metodologia será passada na Creator Academy”.
Matérias cursadas. Cris cita as diferenças de preço e de valor, o total a cobrar, e um pouco sobre jurídica, logo, contratos e a ocasião em que se realiza parcerias não pagas. “Muitos influenciadores não sabem das questões que envolvem a rejeição de um produto. Ganham e mencionam o @. Uma vez que os seus seguidores já viveram alguma experiência negativa, problemas de não entrega ou intoxicação alimentar, poderão processar o influenciador e não, necessariamente, a empresa. Portanto, se a parceria foi sem nenhum contrato, o prejuízo é enorme. Se o juiz der causa ganha, o influenciador é obrigado a pagar, diretamente, para o seguidor, sem nem existir a figura da empresa que fez a parceria, um favor para um amigo seu, por exemplo. Estamos, sempre, orientando nossos influenciadores”, conclui.