O AquaFoz, novo atrativo turístico de Foz do Iguaçu que tem inauguração prevista para 2025, tem como principais pilares, a “educação”, a “pesquisa” e a “conservação”. Por isso, antes mesmo do início da operação, já atua no apoio a iniciativas para restauração e manutenção da biodiversidade e acaba de firmar uma parceria técnico-científica com a Universidade Estadual de Maringá e a Copel para monitoramento genético do peixe Surubim do Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), espécie endêmica do Rio Iguaçu, ameaçada de extinção.
O projeto tem o objetivo de monitorar o perfil genético e os programas de peixamento das populações do Iguaçu e terá a participação de pesquisadores do AquaFoz, da Universidade Estadual de Maringá, da FADEC e da Copel. Com a análise comparativa do DNA será possível mapear a variabilidade genética entre os peixes reprodutores e a população presente nos reservatórios da Copel. Com as informações obtidas, será possível a criação de estratégias para realizar futuras reintroduções que evitem a consanguinidade e, assim, haja maior diversidade genética dos peixes, que são endêmicos da região e que possuem grande importância ecológica para toda bacia hidrográfica.
Para o Zootecnista, Marcos Traad, diretor técnico do Grupo Cataratas (responsável pelo AquaRio, BioParque do Rio, no Rio de Janeiro, e pelo AquaFoz), a parceria reafirma os valores da empresa com a missão de criar impacto positivo: “Os nossos pilares fundamentais são a educação, a pesquisa, a conservação e a sustentabilidade. Assim, através dos nossos investimentos em pesquisas científicas buscamos gerar conhecimento e sensibilizar a sociedade sobre a importância da conservação da biodiversidade. É um dos legados que deixaremos às futuras gerações”.
Segundo o Zootecnista, Professor Ricardo Ribeiro, da UEM: “a parceria com o AquaFoz chegou em boa hora. Planejávamos um trabalho experimental que faz parte do nosso programa de Doutorado exatamente para o Monitoramento Genético das populações do Surubim do Iguaçu. Já fizemos as primeiras coletas que estão em análise no laboratório. Em breve teremos os primeiros resultados. A meta é a de obtermos informações para definir estratégias de peixamento, garantindo a manutenção da variabilidade genética das populações naturais desta espécie que é endêmica do Rio Iguaçu.”
O diretor de Geração e Transmissão da Copel, Moacir Carlos Bertol, também destaca a relevância da parceria: “A Copel acumula mais de trinta anos de pesquisa e manejo dessa espécie e desenvolveu uma técnica pioneira de reprodução em cativeiro que já permitiu à empresa repovoar o Iguaçu com mais de 140 mil alevinos do surubim. Estamos muito satisfeitos e otimistas com essa oportunidade de compartilhar conhecimento e somar esforços com outras instituições para ampliar o alcance do nosso trabalho.”, afirma o executivo