O governo federal anunciou esta semana que vai reeditar a portaria que restringe o funcionamento do comércio nos feriados. A nova medida mantém a necessidade de os estabelecimentos comerciais fecharem acordos com os sindicatos para viabilizar o funcionamento nessas datas. Apenas os setores classificados como essenciais continuarão abertos nos feriados como já fazem atualmente. O presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), Fábio Queiróz, ressalta a importância do setor supermercadista para garantir o abastecimento da população, lembrando que isso foi comprovado durante a pandemia, quando o setor não parou e garantiu que a comida chegasse à mesa dos brasileiros.
“Precisamos sempre reiterar a necessidade de estarmos de portas abertas, inclusive nos feriados. Somos uma parte essencial da sociedade e, portanto, é crucial que possamos reverter qualquer tentativa de fechamento dos supermercados e lutar para manter o equilíbrio no abastecimento das famílias”, afirmou Queiróz sobre a possibilidade do fechamento dos supermercados aos feriados.
Decreto pode causar prejuízo de R$ 510 milhões/dia para o comércio
O presidente da ASSERJ destaca que a medida pode prejudicar também comerciantes e comerciários. Segundo levantamento do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas), como 2024 terá 14 feriados – nacionais, estaduais e municipais -, sem contar com os “enforcamentos”, os trabalhadores podem perder até um salário-mínimo da sua renda mensal. Já o comércio em geral enfrentará uma perda de receita da ordem de R$ 7 bilhões em 2024. Ao longo do ano, o comércio terá 15 dias de movimento prejudicado com as lojas fechadas. Segundo o mesmo levantamento, a cada dia fechado, o prejuízo poderá chegar a R$ 510 milhões.