A Aço Verde do Brasil (AVB), siderúrgica com menor emissão de CO2 do mundo, investiu mais de 15 milhões de reais em aprimoramentos tecnológicos para otimizar o seu processo de produção de aços especiais. Os investimentos direcionaram-se à área de lingotamento contínuo da Aciaria, onde foram instalados equipamentos de proteção do jato de aço líquido (sistema com válvula submersa), que evitam em 100% a reoxidação do aço em relação ao ambiente. Isso possibilita a produção de aços mais limpos, com baixo nível de inclusões, para aplicações de conformação a frio (‘colding heading steel’). Esse movimento representa uma consolidação estratégica da empresa no mercado de aços para fixadores de alto valor agregado.
A empresa que já estabeleceu seu espaço com produtos para a construção civil, incluindo o fio-máquina e os vergalhões CA50 e CA60, oferece também ao segmento industrial um portfólio composto por dois principais produtos voltados para o mercado de fixadores: o fio-máquina em aço carbono SAE 1006 e SAE 1015. Esses produtos atendem principalmente às demandas dos mercados de parafusos e porcas, incluindo desde parafusos franceses até porcas sextavadas.
O diretor de vendas e logística da Aço Verde do Brasil, Leandro Vasconcelos, afirma que a empresa busca ampliar sua presença no mercado de fixadores para atender novos setores que demandam aços ligados e com boas características de deformação plástica, resistência mecânica e temperabilidade. “Para isso, planejamos desenvolver aços especiais com a adição de elementos de liga para melhorar a temperabilidade e o nível de resistência do produto final, como fixadores e parafusos”, explica.
De acordo com Vasconcelos, esses investimentos devem resultar na produção de materiais em aço com qualidade superior devido ao baixo nível de inclusões: “A introdução da válvula submersa também pavimentará o caminho para a produção futura de aços acalmados em alumínio, permitindo que a AVB atenda a uma gama ainda mais ampla de necessidades dentro do mercado de fixadores”, complementa.
A previsão aponta para o início da produção de aços especiais no último trimestre de 2023, com foco no atendimento de diversos mercados e aplicações, abrangendo os setores petrolífero, automobilístico e energético. Vasconcelos observa que o crescimento da AVB no mercado de fixadores contribui para reduzir a emissão de carbono em novos setores produtivos, uma vez que incorpora a sustentabilidade em todas as etapas de sua produção de aço, incluindo o uso de biocarbono nos altos-fornos, a obtenção de 100% de energia elétrica a partir de fontes renováveis e a eliminação do uso de combustíveis fósseis.