A Associação Nacional das Empresas Correspondentes Bancárias (ANEC) manifestou sua indignação em relação à falta de atualização no teto de juros do crédito consignado do INSS, especialmente em um cenário de alta na taxa Selic. Segundo a entidade, o teto fixo de 1,66% ao mês está defasado frente à elevação da taxa básica de juros, comprometendo a sustentabilidade desse tipo de crédito essencial para milhões de aposentados e pensionistas no Brasil.
A pressão sobre a rentabilidade levou grandes bancos, como Itaú, Bradesco e Santander, a reavaliarem sua participação no mercado de consignados do INSS, segundo comunicado da ANEC. A baixa rentabilidade decorrente do teto atual coloca em risco o futuro desse segmento, afetando não apenas as instituições financeiras, mas também os correspondentes bancários, que dependem dessa modalidade de crédito como fonte de renda e agora veem a viabilidade de seus negócios ameaçada.
A ANEC faz um apelo para que o teto seja revisado e para que haja um diálogo aberto com o governo e as autoridades monetárias. A associação defende que essa mudança é crucial para garantir a continuidade do crédito consignado, assegurando tanto a viabilidade dos correspondentes bancários quanto o acesso de beneficiários a um crédito justo e adequado, afirmou o CEO da ANEC Lourival Rocha.