Março é um mês especialmente relevante, remetendo ao Dia Internacional da Mulher, uma data que nos convida a refletir sobre as conquistas, desafios e lutas das mulheres em todo o mundo. Como mulher negra, essa data adquire um significado ainda mais profundo, por representar não apenas uma celebração da nossa força e resiliência, mas também uma oportunidade de destacar as questões específicas que enfrentamos na nossa jornada. Para nós, a resiliência e a resistência são características intrínsecas que permeiam nossa história e nossa identidade.
Apesar dos avanços significativos nas últimas décadas, ainda enfrentamos desafios e desigualdades persistentes em diversas áreas da vida, incluindo o mercado de trabalho, a educação, a saúde e a segurança. A discriminação racial e de gênero intersecta-se de maneira complexa, exacerbando as barreiras que enfrentamos e limitando nossas oportunidades. São muitos os desafios e desigualdades.
À medida que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, que hoje se estendeu por todo o mês de março, é essencial reconhecer e honrar as vozes e as experiências de mulheres negras que são inspiração, como Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Sueli Carneiro dentre outras tantas mulheres negras que tanto nos inspiram. E claro, a nova geração que desponta a cada dia, que pavimentaram o caminho para as conquistas atuais.
Sabemos que a luta pelos direitos igualitários e tudo o que elas vêm buscando ao longo dos anos é insana. A busca constante de valorização, reconhecimento, seja ele profissional ou não. Tornando esse período simbólico, forjado no reconhecimento pelas mulheres que lutaram lá no século passado, para que as mulheres do nosso século e dos que ainda virão tenham direitos e deveres iguais.
Que nossa resiliência, nossa luta e nossa determinação continuem a inspirar e a capacitar gerações futuras. Que essa data, esse mês, seja um lembrete do nosso poder coletivo e do nosso compromisso contínuo de construir um mundo mais justo, igualitário e inclusivo abarcando todas as mulheres, independentemente de sua raça, etnia ou origem. É uma legítima celebração de resiliência e luta.