A Construtora Tenda (B3: TEND3), uma das principais construtoras e incorporadoras com foco em habitação popular no Brasil, registrou receita líquida de R$ 710,5 milhões no segundo trimestre de 2023, uma alta de 13,3% na base de comparação anual, e +9,1% em relação ao 1T23. Foram 16 novos empreendimentos lançados no consolidado, movimentando R$ 963,7 milhões – um crescimento de 23,1% em relação ao mesmo trimestre de 2022, sendo R$ 206,7 mil o preço médio por unidade no período.
Com as mudanças e atualizações do Programa Habitacional Federal Minha Casa Minha Vida, a construtora teve um mês de julho, com 1.588 unidades vendidas, 17% maior que a média mensal do 1S23, sendo o preço médio de R$ 210 mil por unidade, 3,5% acima do valor médio praticado no 2T23. Em sua unidade de construção off-site, Alea, as vendas foram de 113 unidades somente em julho. Com isso, foi gerado um caixa operacional de R$ 180 milhões no 2T23 (valor recorde na história da companhia), sendo R$ 102 milhões no segmento Tenda, mesmo antes de incluir venda de carteira pró-soluto.
“Ao longo de 2023, revisamos nossos processos operacionais, visando aprimorar a eficiência e a qualidade em todas as etapas do negócio, resultando em maior produtividade, redução significativa de retrabalhos e desperdícios, e um aumento da satisfação dos nossos clientes. Junto a isso, implementamos uma gestão financeira rigorosa e estratégica, analisando nossos custos detalhadamente e identificando oportunidades de otimização de geração de caixa. No processo de retomada pela rentabilidade, um dos sinais mais claros da nossa evolução é nosso preço médio de venda, que atingiu R$ 203,3 mil no 2T23 (+4,6% vs 1T23) e R$ 210 mil em julho (+3,5% vs 2T23)”, ressalta o CFO da Tenda, Luiz Mauricio Garcia.
Com queda também dos desvios de custo de R$ 9,9 milhões no 2T23, representando 66% a menos frente a 1T23, a Tenda fechou alavancagem medida pela dívida líquida corporativa / PL em 42% no trimestre, retomando sua rentabilidade. Em geração de caixa, houve um recorde na história da companhia de fluxo de caixa operacional somada à mais uma bem-sucedida venda de recebíveis pró-soluto, que fez com que a companhia reduzisse em R$ 129 milhões (ou 21%) a dívida líquida em um único trimestre.
“Acreditamos que, finalmente, podemos dizer que viramos a página do tema desvios de custo. Desde maio estamos com custos aderentes aos orçamentos, tendência essa também verificada em julho. Com isso, acreditamos que finalmente podemos dizer que a companhia não espera mais desvios de custo materiais, mantido o cenário de estabilidade que temos visto no INCC”, pontua o diretor.
Futuro
Indicando expectativa de continuidade da melhora dos resultados à frente, a margem REF sem financeiros da Construtora Tenda saltou 2,9 p.p. no 2T23 vs 1T23, para 34,9%. Houve crescimento também no banco de terrenos de 27,6% e 3,2% em comparação ao 2T22 e 1T23, respectivamente, totalizando R$ 17.308,7 milhões no trimestre.
Em Alea, a companhia revisou o guidance publicado em dezembro de 2022, adiantando que os projetos da marca devem totalizar um lançamento entre 1.500 e 2.000 unidades no ano. “Estamos comprometidos em nos tornarmos uma organização ainda mais forte e resiliente, capaz de superar desafios e alcançar novos patamares de tamanho e rentabilidade”, conclui Garcia.
DESTAQUES FINANCEIROS E OPERACIONAIS
- Receita líquida de R$ 710,5 milhões no trimestre, um aumento de 13,3% em relação ao 2T22 e 9,1% em comparação ao 1T23;
- Lucro bruto ajustado de R$ 158,8 milhões no consolidado do 2T23, aumento de 80,5% e 3,8% em comparação ao 2T22 e 1T23, respectivamente. A margem bruta ajustada atingiu 22,4%, uma melhora de 6,0 p.p. em relação ao 2T22;
- Margem ref. atingiu 31,4% no 2T23, um aumento de 1,5 p.p. na comparação com o 1T23;
- Geração de caixa operacional de R$ 180,0 milhões no 2T23 (valor recorde na história da companhia), sendo R$ 102 milhões no segmento Tenda, mesmo antes de incluir venda de carteira pró-soluto. Geração de caixa total de R$ 129,0 milhões no 2T23;
- Dívida líquida corporativa / Patrimônio líquido fechou o 2T23 em 42%, frente à um limite de 85% estabelecido pelos covenants do período;
- Lançamento de 16 empreendimentos no consolidado, totalizando R$ 963,7 milhões, aumento de 23,1% em relação ao 2T22. O preço médio no trimestre foi de R$ 206,7 mil por unidade. Na Alea, houve o lançamento de 113 unidades no mês de julho;
- VSO líquida (velocidade sobre a oferta) sólida de 26,2%, aumento de 3,0 p.p. em relação ao 2T22, com aumento no preço médio de vendas que contabilizou R$ 203,3 mil, comparado ao preço médio de R$ 176,2 mil por unidade no 2T22;
- Vendas líquidas totalizaram R$ 758,5 milhões, aumento de 31,3% em relação ao segundo trimestre de 2022;
- Banco de terrenos totalizou R$ 17.308,7 milhões no 2T23, aumentos de 27,6% e 3,2% em comparação ao 2T22 e 1T23, respectivamente. Foi adquirido no trimestre R$ 1.501,3 milhões, com o percentual das permutas que passaram a representar 57,9% do total do banco de terrenos, aumento de 7,5 p.p. em comparação ao 2T22;
- Volume de vendas no mês de julho atingiu o maior patamar desde maio de 2022, com a venda de 1.588 unidades, 17% maior que a média mensal do 1S23, e o preço médio de R$ 210 mil por unidade, 3,5% acima do preço médio praticado no 2T23.