Rio Novo do Sul, no Espírito Santo, se prepara para a 3ª edição da Festa da Juçara, celebrando a importância ambiental do fruto da palmeira-juçara. A festividade, que acontecerá entre os dias 31 de maio e 02 de junho, promete atrair milhares de moradores e visitantes, reforçando o papel do município como a capital capixaba da juçara.
A abertura das comemorações será marcada pela Caminhada Rota da Juçara, realizada com patrocínio da Juçaí, marca que produz açaí 100% do fruto da palmeira-juçara. A caminhada esportiva, educativa e sustentável orientada pelo professor de educação física Emerson Matielo Trevizani, acontecerá no domingo, 26 de maio, às 07h.
Com percurso de 9km, os participantes sairão do Centro Poliesportivo em direção à comunidade de São Vicente, caminhando pela “Rota da Juçara”. Ao longo do percurso, ocorrerá a distribuição de mudas de juçara para o plantio em área determinada pela comissão organizadora e em cada ponto explicações sobre a importância da conservação da juçara para a região. No final, será servido um café da manhã, completando a experiência imersiva na Mata Atlântica com um saboroso toque regional.
O evento, patrocinado pelo Juçaí, tem parceria entre o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e a Prefeitura Municipal de Rio Novo do Sul. Juntos, buscam promover o uso sustentável dos frutos da palmeira-juçara, destacando a relevância econômica e ambiental dessa prática.
Roberto Haag, diretor-geral da Juçaí, reforça a importância de conservar a palmeira-juçara e reafirma o compromisso da empresa com práticas sustentáveis. “O evento tem como objetivo conscientizar sobre a relevância da conservação ambiental e mostrar como podemos ajudar a manter nossos patrimônios naturais para as futuras gerações. No município, existe um grande potencial para despertar o interesse pelo fruto da Juçara”.
Juçaí:
A Juçaí – açaí feito com 100% do fruto da palmeira-juçara, espécie nativa da Mata Atlântica – nasceu em 2015, com o propósito de conservação de um dos principais biomas brasileiros, através da proteção da palmeira-juçara, que tem uma função chave para o equilíbrio do ecossistema. A marca usa a polpa do fruto da juçara como principal insumo para o seu processo produtivo e, para extraí-lo, não é preciso derrubar a árvore, mantendo-a de pé. A espécie está ameaçada de extinção devido à extração ilegal do seu palmito, cujo processo de retirada implica necessariamente na derrubada da árvore. A empresa lidera a criação de uma cadeia de valor que, ao gerar relevância econômica à árvore em pé, com o beneficiamento do seu fruto, protege a biodiversidade das florestas e proporciona uma fonte de renda para as comunidades locais.
No processo de fabricação do Juçaí, a colheita é feita direto da juçara silvestre, de um jeito totalmente sustentável: 33% dos frutos são deixados para garantir a alimentação da fauna. Esta etapa inicial é realizada por um coletor, da própria comunidade local, que se organiza em cooperativas. Esses profissionais têm fortes raízes culturais com a palmeira e são muito importantes para o ecossistema. Eles não utilizam nenhum tipo de fertilizante sintético ou agrotóxico e contam somente com recursos naturais. Depois do despolpamento, as polpas são levadas para a fábrica instalada na região de Penedo (RJ), região de Mata Atlântica em que há grande incidência de palmeiras-juçara.