Evento que reuniu 185 mil pessoas de 13 a 16 de agosto, movimentando R$ 3.8 bilhões em negócios, o Rio Innovation Week chegou ao fim com conversas que giraram entre temas como ciência, oportunidades, negócios, empreendedorismo, educação e muitos outros. A pluralidade dos encontros foi uma das marcas do evento, que contou com palestras lotadas. Entre os palestrantes, influenciadores, artistas, pesquisadores, lideranças, indígenas e até mesmo atletas, que levaram o público a refletir sobre questões relevantes para a sociedade. Representada por Aline Carvalho, Diretora de Gente e Gestão, a Norsul, empresa brasileira de navegação e integração logística, participou de dois painéis, na quinta (15/08) e na sexta-feira (16/08), nos palcos Humanare e Innovation Retail Talk, respectivamente.
Autoconhecimento como estratégia de Transformação Individual, Coletiva e Social
Na quinta-feira (15/8), ao lado da atriz Mariana Xavier, Aline Carvalho, diretora da área de Gente e Gestão da Norsul; Val de Campos, mentora e coaching; e Emanoella Castro, psicóloga, conversaram sobre “Autoconhecimento como estratégia de Transformação Individual, Coletiva e Social”, no Palco Humanare, no Galpão Kobra. A roda de conversas destacou o tema a partir das trajetórias pessoais e profissionais das palestrantes. Aline Carvalho falou sobre como sua infância desafiadora e o interesse por filosofia e psicologia a levaram a buscar autodesenvolvimento contínuo. Ela também abordou a importância do autoconhecimento para líderes e gestores, especialmente na implementação de mudanças culturais nas organizações. “Eu entendi que a mudança precisava ser de baixo para cima, entendendo as demandas, questões pessoais, profissionais e sugestões dos colaboradores”, explica Aline. A roda enfatizou como o entendimento profundo de si mesmo é essencial para transformar e liderar com eficácia em um mundo em constante mudança.
Por que a inovação começa pela tecnologia e não pelas pessoas
No dia seguinte, 16/8, Aline Carvalho se juntou à Lilian Kac e Jane Helena Flores, com mediação de Miriam Cardoso para falar sobre “Por que a inovação começa pela tecnologia e não pelas pessoas”. A mesa redonda discutiu o impacto da tecnologia na sociedade e a relação entre inovação e o desenvolvimento humano. As executivas debateram por onde se inicia o processo de inovação, destacando que o desenvolvimento humano é um processo mais lento e complexo. Aline Carvalho provocou a plateia questionando se a inovação poderia começar com as pessoas e explicou que o timing humano e tecnológico e suas capacidades são muito diferentes. “Quando falamos de mudança e pensamos em pessoas, muitas não estão dispostas a olhar para dentro. O desenvolvimento humano demora, mas isso não quer dizer que não devemos considerar integrar as pessoas. Será que conseguiríamos uma integração harmônica se não incluirmos as pessoas?”
Lilian Kac, por outro lado, explica que a transformação nunca é harmônica e nunca é linear. “Questionamos quanto o ser humano está disposto a olhar para dentro. Só isso demora mais do que o desenvolvimento da tecnologia. Não é piscar o olho e estalar o dedo”. Jane Helena complementa: “De alguma forma precisamos integrar as pessoas, processos e tecnologia para, de fato, conectar esses elos e ter uma inovação que traduza as necessidades. Como conjugar essa tríade de forma equilibrada?”.
Aline também alertou sobre o impacto da tecnologia na sociedade e sobre nem todo mundo estar preparado para lidar com aquela inovação. “Temos que entender que a inovação vai acontecer independente de qualquer coisa. O impacto dela vem depois e o lidar com isso vem na sequência”, conta a diretora da Norsul, que completa: “Se tivesse que dar um presente para todas as pessoas do mundo seria o protagonismo. A atitude e a autorresponsabilização são aspectos que fazem a diferença”.
A conversa também abordou os desafios da liderança, com discussões sobre a importância de uma liderança humanizada e a necessidade de se aproveitar o conflito de gerações para aprender. Embora a tecnologia seja catalisadora de inovação, o verdadeiro diferencial está nas pessoas e na sua capacidade de aprender e se desenvolver.
Essa é a segunda participação da Norsul no Rio Innovation Week, o mais completo evento de inovação e tecnologia da América Latina. Em 2023, a companhia promoveu dois painéis: um sobre cultura de inovação, também com Aline Carvalho, e Priscila Lopez, que gerencia a área de Desenvolvimento e Comunicação, e outro sobre tendências tecnológicas e eficiência energética na navegação, com João Bottoni, gerente técnico do setor de Frota, e Leonardo Werneck, coordenador da área de Projetos Técnicos. A companhia também contou com um estande e a presença de colaboradores de áreas multidisciplinares, com foco em interagir com o público sobre ecossistema de inovação, suas melhores práticas e tendências. Reconhecido como um espaço de discussão, desafio à criatividade aplicada a negócios, valorização do empreendedorismo e da transformação digital no crescimento de diferentes setores, o Rio Innovation Week foi anfitrião de diversas conferências e plenárias para discussão de variados temas.
Norsul
A Norsul, empresa brasileira de navegação e integração logística com sede no Rio de Janeiro, possui 60 anos de experiência em cabotagem no Brasil. Protagonista no crescimento da navegação brasileira desde a sua fundação, em 2023 transportou 16 milhões de toneladas de granéis sólidos (como cimentos, minerais, produtos siderúrgicos e outras commodities) e granéis líquidos (hidrocarbonetos, derivados e biocombustíveis), com receita de R$ 1,5 bilhão no período. A empresa possui 19 embarcações próprias destinadas à cabotagem e ao longo curso e opera com bases de apoio nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina.