Dados da nstech indicam que as áreas urbanas registraram maior incidência de roubo. Cargas diversas e cigarros eram as mais procurados em 2023; em 2024, alimentícios tomaram o segundo lugar;
Com aumento de 5,6% em relação a 2023, a rodovia BR-116 foi a considerada mais perigosa; liderança de 2023 era da BR-050 com 7% de prejuízo vs 2,4 em 2024;
No primeiro semestre de 2024, os três estados que mais registraram prejuízo em roubo de carga foram São Paulo (47,2%), Rio de Janeiro (18,7%) e Minas Gerais (14,2%), repetindo o mesmo movimento observado ao longo do mesmo período em 2023. Esses três estados somam, juntos, 81,4% dos prejuízos. Em compensação, o Maranhão saltou de 0,4% em 2023 para 7,5% em 2024, passando a ocupar a quarta posição. É o que aponta o “Análise de Roubo de Cargas”, relatório exclusivo anual da nstech, maior empresa de software para supply chain da América Latina, que atua com o propósito de promover estradas mais eficientes e seguras.
Os dados, obtidos pelas três gerenciadoras de risco do grupo – BRK, Buonny e Opentech – apontam que, assim como em 2023, nos três estados de maior sinistralidade, os trechos urbanos foram os mais vulneráveis. Em São Paulo, sinistros nos trechos urbanos representam 37,7% dos prejuízos do estado, no Rio de Janeiro, 67,4%, e em Minas Gerais, 46,5%. Cargas diversas/fracionadas (produtos diferentes em um mesmo caminhão) e alimentícias foram as mais afetadas nas três regiões, totalizando 81,5% em São Paulo, 81,5% no Rio de Janeiro e 55,9% em Minas Gerais.
Ranking das rodovias com maior prejuízo de roubo de carga
Entre as rodovias, o destaque negativo foi a BR-116, com 12,3% do total de prejuízo no primeiro semestre de 2024 – um aumento de 5,6% na comparação com o mesmo período de 2023. A segunda rodovia mais vulnerável em 2024 foi a BR-381. Em 2023, a rodovia mais perigosa foi a BR-050, com 7% de prejuízo local. Já em 2024, a estrada aparece com 2,4%, apresentando melhoria do cenário.
As rotas com os maiores prejuízos, considerando-se trechos urbanos, foram rotas dentro do estado do Rio de Janeiro (29,1%) e do estado de São Paulo (22,7%). Em 2024, os trechos mais vulneráveis foram os que ligam Santa Catarina a São Paulo, com 28,9% dos sinistros.
Quanto aos municípios, as abordagens do Rio de Janeiro somaram 36,9% do total de prejuízos em áreas urbanas. Em segundo lugar ficou São Paulo (13,1%) e, em seguida, Jundiaí, com 8,6%.
Cenário mês a mês
Os roubos de cargas diversas/fracionadas e gêneros alimentícios representaram 76,3% dos prejuízos em janeiro, 91,9% em fevereiro e 78,1% em março. A tendência se manteve nos meses de abril (52,5%), maio (73,6%) e junho (98,2%).
Em maio, pela primeira vez, o prejuízo com roubo de eletrônicos (17,3%) passou à frente das cargas alimentícias (16,5%). O destaque do mês de junho se dá pela inversão da tendência de sinistro em áreas urbanas: ao longo do mês, a BR-116 foi a região de maior roubo de carga (27,1%).
“O primeiro semestre de 2024 foi importante para demonstrar a importância da segurança rodoviária ao mercado. Soluções da nstech como cadastro e monitoramento têm contribuído para minimizar o cenário de incidências progressivamente. A região Sudeste continua sendo a maior com índice de roubo de carga, quando comparado com 2023 e as mercadorias mais roubadas permanecem as mesmas. Temos pontos de atenção latentes, com situações se repetindo ao longo dos anos que precisam ser corrigidas. Por isso, é importante externalizar esses dados ao mercado logístico para que os players possam tomar ações mais estratégicas no problema do roubo de carga”, analisa Diego Gonçalves, Head de Visibilidade e Gerenciamento de Riscos da nstech.
nstech
A nstech é a maior empresa de software para supply chain da América Latina e pioneira na categoria plataforma Open Logistics. Reúne mais de 100 soluções que hoje já atendem cerca de 75 mil clientes do setor, incluindo as maiores empresas do mundo. Centrada na resolução das dores de todo o ecossistema logístico, oferece tecnologias completas e modulares para que as empresas possam evoluir seus negócios, crescer mais gastando menos, fazer entregas mais eficientes e impactar a sociedade ao reduzir a emissão de CO2, acidentes e roubos.
Reúne mais 2,5 milhões de motoristas em seu banco de dados, o maior do Brasil, e está presente em 15 países — Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, EUA, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela. A nstech impulsiona as empresas para o futuro da logística através da construção da “Logistics Advantage”, fazendo o mundo funcionar melhor para todos.