A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto de Conhecimento e Pesquisa (ICP), formalizaram um Acordo de Cooperação Técnica. O documento, consolida uma parceria que abre caminho para projetos inovadores nas áreas de arqueologia, antropologia, geologia, paleontologia e etnolinguística, entre outras.
A cerimônia de consolidação do acordo foi realizada na sede da UEA, em Manaus, com a presença do pró-reitor da universidade, Valber Barbosa Martins, a professora Solange Nascimento e representantes da Associação Civil Dakila e do ICP. O acordo prevê a realização de pesquisas científicas que visam não apenas o avanço do conhecimento, mas também a promoção da educação, do turismo sustentável e da valorização das culturas indígenas da região.
Para a professora Dra. Solange Nascimento, gestora do Centro de Estudos Superiores de São Gabriel da Cachoeira da UEA, explicou que esse acordo é uma oportunidade de ampliar nossas fronteiras de conhecimento: “Um sonho que se concretiza”.
A UEA, presente em todos os 62 municípios do Amazonas, tem como um de seus pilares a transformação social por meio da educação e da pesquisa. Com o acordo, a universidade reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a valorização das comunidades locais, que serão protagonistas dos projetos a serem desenvolvidos.
O ICP: um novo braço para a pesquisa científica
O Instituto de Conhecimento e Pesquisa (ICP), criado como uma vertente técnica e acadêmica da Associação Civil Dakila, surge como um importante aliado nessa empreitada. O presidente do ICP, Nilo Santiago explicou que o instituto foi concebido para atuar como um modelo de governança e gestão, seguindo padrões internacionais de compliance e normas como a ISO 14001: “O ICP vai garantir que todas as pesquisas e parcerias sejam realizadas dentro dos requisitos legais e técnicos necessários, superando barreiras burocráticas e institucionais”.
O acordo com a UEA permitirá que o ICP atue em conjunto com órgãos públicos como o IPHAN e a FUNAI, além de estabelecer parcerias internacionais com instituições do Reino Unido, França e até mesmo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Estamos estimando grandes eventos nos próximos meses e acredito que teremos um impacto não apenas acadêmico, mas também cultural e social”, afirmou Nilo.
Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Associação Dakila Pesquisas também enfatizou a importância do acordo, destacando que ele representa um dever quase cumprido. Segundo ele, a organização permitirá que a burocracia não seja um obstáculo, tornando os processos ágeis e práticos. Dessa forma, espera-se que a população brasileira, profissionais da área e acadêmicos possam desfrutar desse legado que está sendo construído e expandido para futuras gerações: Que Manaus, todas as professoras, os novos arqueólogos e demais profissionais possam, de fato, desfrutar desse legado que estamos iniciando. E, sem dúvida, continuaremos a criar muitos outros no futuro”.
Além disso, o acordo prevê a realização de pesquisas arqueológicas e paleontológicas em áreas de grande relevância histórica, como Ratanaba e Caminhos de Peabiru, locais que guardam parte do patrimônio cultural brasileiro. A ideia é que os estudos contribuam para a preservação e divulgação desse legado, promovendo também o turismo. “Este é um sonho antigo da UEA. Nossa missão é fortalecer a inserção da universidade nas comunidades indígenas e expandir nossas fronteiras de conhecimento e ciência. Este acordo nos permitirá consolidar pesquisas e criar soluções para desafios históricos”, afirmou a professora Solange que tem dedicado sua vida ao reconhecimento dos povos indígenas da região.
Para a diretora de pesquisas do ICP, Fernanda Lima, o acordo foi um marco: “Nós vamos conseguir juntar a tecnologia com essa memória do nosso povo brasileiro, é um casamento que se inicia e que seja muito duradouro, com muito sucesso para todos nós”.