São notórias as dificuldades de empreender no Brasil. Entre criação de produto, gerenciamento de equipe, financiamento e questões burocráticas, são muitos os desafios que criadores de startups enfrentam para tirar suas ideias do papel e as transformar em projetos lucrativos de alto impacto. Mas é possível hackear o sistema e acelerar os passos para o sucesso ouvindo vozes da experiência de quem já passou pelos problemas que o empreendedor enfrenta hoje. Os processos de mentoria se mostraram reais game changers na jornada de muitos que confiam em seu potencial mas admitem precisar de outros pontos de vista.
Leandro Navatta é empresário de tecnologia e compõe o time de mentores da FGV Ventures, aceleradora de startups da Fundação Getulio Vargas, instituição de ensino que é referência em negócios. Durante sua carreira, criando três empresas de tecnologia e atendendo marcas como Ambev, Microsoft e Airbnb, Leandro colheu uma série de conhecimentos, gerados a partir dos mais variados erros e ajustes de rota, que hoje compartilha com “startupeiros” determinados em avançar com seus projetos. “O maior benefício da mentoria é aprender com o erro dos outros. Você pode gastar muito tempo e dinheiro errando ou pode ouvir alguém que já passou pelos seus problemas e poupar energia”, afirma o empresário.
“Mentores não tomam decisões pela empresa, o papel deles é aconselhar e apresentar possíveis caminhos a partir do contexto de cada uma”, ele complementa. E isso pode fazer uma significativa diferença no destino daquele empreendimento.
Como exemplo está a Leme, startup de tecnologia com foco em educação, destinada a otimizar a rotina administrativa das escolas. Isaac Barbieri, fundador e CEO da empresa salienta o impacto que o FGV Ventures e a mentoria de Leandro tiveram em seu negócio: “No início não tínhamos vasta experiência no modelo de negócio de startups e na área de tecnologia, então um de nossos primeiros movimentos foi buscar conhecimento e ir atrás de pessoas que pudessem nos guiar para errarmos menos.”
“Em específico dentro de nosso time de tecnologia, começamos com operações de performance instável. Ponto a ponto, Leandro nos direcionou para a construção de um time mais estruturado, com entregas constantes e roadmap bem definido, tudo isso sem ignorar o contexto e as especificidades da Leme. Hoje, seis meses desde nossa primeira conversa, podemos nos considerar mais maduros, com melhora não só em processos de tecnologia mas também em visão comercial e captação de recursos”, completa Isaac.
Outro programa renomado de mentoria, o Google for Startups, já capacitou mais de 60 empresas e contribuiu para o levantamento de milhões de reais para evolução desses negócios. Além disso, o programa abrigou grandes players como Loggi, Nubank e Quinto Andar, se fazendo exemplo de como a orientação certa somada ao esforço pode levar ao êxito empresarial.
Ademais, não só companhias em fase inicial demandam instrução. Diferentes etapas de crescimento exigem variados estilos de aconselhamento, uma segunda opinião é vital para a validação de uma ideia inovadora. Muitos programas e até mesmo uma mensagem para aquela liderança inspiradora nas redes sociais podem fornecer dicas valiosas para o sucesso de um futuro grande negócio.
Leandro Navatta
Leandro Navatta, 30 anos, é formado em Sistemas da Informação pela Universidade de São Paulo (USP) e desde os 13 anos de idade trabalha com Web Design, Programação e criação de produtos voltados para a internet. Além da experiência em desenvolvimento, Leandro lida com gestão, negociação e relacionamento com os clientes de suas empresas. É fundador de três empresas, a Kingly Studio, uma software house que traz soluções tecnológicas para empresas como Ambev, Microsoft e Airbnb, a Scriv, uma plataforma para pessoas que querem criar, consumir e compartilhar conteúdo, onde os escritores e leitores se encontram, e a ADSPLAY X, plataforma desenvolvida para agências e anunciantes vincularem suas campanhas de marketing digital para diferentes budgets e necessidades. Sua experiência prática o levou para posição de referência em tecnologia, sendo muitas vezes convidado por instituições de ensino para dar aula e palestras. Além disso, é mentor da FGV Ventures, renomada aceleradora de startups da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e segue propondo o debate dos impactos da tecnologia nas relações humanas.