Rene Salviano, CEO da agência Heatmap, foi o convidado do segundo episódio do podcast Regula Talks, produzido pela RegulaBet em parceria com a fintech Paag. Em entrevista ao host Leandro Cabido, o administrador analisou como o setor de marketing e publicidade tem dialogado com o mercado de apostas no Brasil.
A regulamentação das apostas esportivas foi introduzida ao país em 2018, quando o então Presidente da República Michel Temer sancionou a lei nº 13.756/2018. Salviano explica que, devido à pandemia da Covid-19, as discussões sobre o tema foram interrompidas, o que impediu a agilidade no estabelecimento das bets no Brasil.
O administrador pontua que a cultura de apostas é um costume enraizado no Brasil — a exemplo das loterias, como a Mega-Sena. A atual visibilidade direcionada ao assunto é um passo fundamental para que a responsabilidade seja o principal norteador dos empresários do ramo.
“Só vejo lados positivos. Vem para garantir os direitos dos que apostam, para que as empresas que atuam no Brasil saibam o que devem entregar. Pessoas já jogam há muitos anos. Tem que estruturar, ter regras e leis. No início, deve ser rígido para que entendam os limites. Quem não seguir, deve ser punido”, salienta.
Salviano, enquanto profissional de marketing, afirma que as casas de apostas devem focar em branding. Em um cenário altamente competitivo, desenvolver um diferencial é um passo importante para fidelizar consumidores e assegurar a sobrevivência no mercado. O especialista cita a Paag como uma das empresas que têm se destacado no meio.
“A Paag tem vários meios de pagamento e está preocupada com o segmento. Ela analisa o que está acontecendo no mercado, o que há de certo e o que há de errado. A comunicação das marcas tem que nascer com a questão da responsabilidade. O sucesso do cliente deve ser uma cultura disseminada na empresa, e não em apenas um setor”, opina.
Grande parte das apostas estão concentradas no futebol. Por isso, as bets firmam patrocínios milionários com campeonatos pertencentes ao esporte. Entretanto, o especialista diz que, em muitos casos, há um investimento exagerado em clubes.
“Acredito que as bets pagam muito mais do que a camisa realmente vale. Não adianta jorrar dinheiro num time de futebol. Agora é a hora de estruturar o que estava totalmente desorganizado. Cada parte deve fazer um pouquinho”, completa.
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