Uma nova iniciativa inclusiva pretende transformar a vida de crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica, moradores de favelas ou de outras localidades, pessoas com deficiência (PcD), negros e representantes da comunidade LGBTQIAPN+, que desejam atuar no segmento gamer (dos jogos eletrônicos).
Criado para promover o acesso à cultura dos games, da tecnologia digital e da inovação a grupos minorizados, seja por raça, gênero ou orientação sexual, o DiversiGames chega ao mercado com uma proposta inovadora, como um hub que transversaliza ações de ESG e Games e apresenta o universo dos jogos eletrônicos, por meio de oficinas de letramento digital, àqueles com pouco ou nenhum recurso para usufruir deste entretenimento que oferece diferentes possibilidades de formação e experiências.
O projeto terá dois centros de formação no Rio de Janeiro, com o total de 170 vagas para crianças, a partir de 7 anos. O primeiro deles será inaugurado no próximo dia 31, em Benfica (Zona Norte do Rio) e contará com o patrocínio da Águas do Rio e do Instituto Aegea, além do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura. O segundo, localizado em Niterói, com início das atividades em fevereiro, terá a empresa de energia Enel Distribuição Rio como patrocinadora e também o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Cultura.
A frente do DiversiGames está o diretor-executivo Ricardo Chantilly, cofundador do projeto, ao lado da diretora de operações, Mariana Uchôa. A iniciativa conta também com o apoio da plataforma TikTok, do canal Woohoo, da Happy e da DT3, além da parceria com a Prefeitura de Niterói.
Nas duas unidades serão oferecidas diversas oficinas gratuitas de games. Em Benfica, o foco é o letramento digital para crianças e adolescentes, com cursos de Fortnite, Minecraft, Desenvolvimento de Jogos 2D, Scratch 3.0 e Creator (Criação de Conteúdo), além de aulas de inglês e reforço escolar. Em Niterói, o projeto estará voltado para promoção da cultura gamer, com aulas de League of Legends, Valorant, FreeFire e Programação de Jogos, e também inglês para todos os participantes. A metodologia e os espaços dos dois centros de formação foram adaptados para Pessoas com Deficiência (PcD).
As inscrições das duas unidades já estão abertas e devem ser feitas presencialmente, com apresentação dos seguintes documentos: RG (ou certidão de nascimento) e CPF do participante, e do seu responsável, e comprovante de residência. Mais informações podem ser obtidas no WhatsApp: +55 21 96738-9926.
O projeto incentiva a criatividade dos participantes, permitindo a criação de jogos, histórias e conteúdos; conscientiza alunos e alunas sobre questões sociais importantes como preconceito, discriminação, saúde mental e meio ambiente; e gera oportunidades de trabalho e carreira aos jovens que desejam seguir como desenvolvedores de jogos, testadores, designers de jogos, jogadores ou casters, entre outras funções. Além disso, proporciona conhecimentos de matemática, inglês e espacialidade, entre outros, e desenvolve aptidões como resolução de problemas, pensamento crítico, trabalho em equipe, comunicação, empatia e habilidades socioemocionais através de atividades de jogos multiplayer.
“Já são seis anos de trabalho no segmento gamer, com foco em gerar impacto positivo para moradores de favela. Agora vimos a necessidade de ampliar este acesso ao universo dos jogos eletrônicos para outros grupos minorizados, com a possibilidade de transformar vidas em diversos lugares, e estabelecer novas parcerias com ONGs e empresas que queiram se conectar ao projeto para realizar ações de responsabilidade social”, explica o diretor executivo do DiversiGames, Ricardo Chantilly, cofundador do projeto. com a diretora de operações, Mariana Uchôa. “Quanto mais conexões tivermos, mais oportunidades e portas abertas serão criadas para as pessoas que querem fazer parte do mundo dos games mas tem pouco ou nenhum acesso ao universo digital. Promovemos ainda mais transformação e inserção”, afirma a executiva. Ela ressalta a multiplicidade de experiências, perspectivas e vozes do projeto. “Mais do que uma empresa, a DiversiGames é um hub de diversidade, um movimento, um coletivo, que vai proporcionar oportunidades equitativas para todos e todas, independente de raça, gênero, habilidade, origem ou orientação sexual”, diz.
Para a Águas do Rio, participar de um projeto como o DiversiGames é reforçar o compromisso com o desenvolvimento integral das comunidades cariocas. “Estar envolvido neste programa, voltado ao letramento digital de jovens em nossas comunidades, reflete nossa convicção de que a transformação vai além das fronteiras do saneamento. Entendemos que é de suma importância investir no potencial desses jovens e prepará-los para desafios de um mundo cada vez mais digitalizado. O acesso à educação digital não apenas amplia horizontes, mas também promove a inclusão e a igualdade de oportunidades.” conclui Guilherme Campos, Diretor Superintendente de Comunidades da Águas do Rio.
Também fazem parte da nova iniciativa de inclusão social cinco jovens talentos, jogadores profissionais (Pro Players) e criadores de conteúdo, que moram em diferentes comunidades do Rio e hoje representam a DiversiGames como embaixadores e líderes de projeto. São eles: Renan Macedo de Farias (20 anos), Márcio dos Santos Correa (25 anos), Caio Luiz Mendes Da Silva (20 anos), Maria Luiza dos Santos de Sousa (18 anos) e Maria Luiza do Nascimento Santos (23 anos). Em 2023,, eles estiveram na Alemanha, representando o Brasil na Gamescom, maior feira de jogos eletrônicos do mundo, a convite da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Games (Abragames). Os jovens mostraram suas habilidades e estratégias em jogos eletrônicos e produziram conteúdos sobre diversidade, inclusão e combate à desinformação com apoio da plataforma TikTok.
“Nosso propósito é transformar a vida de crianças e jovens pertencentes a grupos minorizados socialmente, tendo como exemplo os 5 embaixadores e líderes do projeto. Ao reunir esses talentos de diferentes territórios do Estado, de orientação sexual diversa, pessoas negras, PCD e, principalmente, pessoas que estão junto conosco pelo desejo de mudar a própria realidade e a realidade dos seus, temos um squad que não apenas reflete a pluralidade do nosso público-alvo, mas também enriquece o debate, promove a inovação e mostra que ESG na DiversiGames não é moda, mas um grande compromisso.”, conta Mariana Uchôa.