A cena se repete em condomínios e empresas de todo o país: uma prateleira bem iluminada, um totem para pagamento digital e a liberdade de escolher o que quiser, a qualquer hora do dia. Esse formato, ainda recente no Brasil, vem se consolidando como uma das principais apostas do varejo de proximidade, e está mudando a forma como o brasileiro faz compras.
De acordo com levantamento da NielsenIQ, os brasileiros visitam minimercados e pequenos varejos cerca de 74 vezes por ano, contra apenas 16 visitas anuais às grandes redes. O dado traduz uma transformação de hábito: mais do que preço, o consumidor quer conveniência, rapidez e acesso.
O modelo dos minimercados autônomos é o exemplo mais evidente dessa mudança. Segundo estudo da AMLabs, o número de operações que já ultrapassam R$ 100 mil de faturamento mensal cresceu de forma expressiva nos últimos dois anos. “Esse modelo representa uma revolução silenciosa no comportamento de compra”, afirma Murilo Specchio, CEO da Honest Market Brasil, rede de minimercados com mais de 600 unidades espalhadas pelo país. “As pessoas estão valorizando o tempo, e a Honest nasceu justamente para oferecer isso, acesso a produtos essenciais a qualquer hora, dentro do ambiente em que elas vivem ou trabalham”.
O que o Brasil consome nos mercados autônomos
Os dados da Honest Market Brasil, apurados ao longo de 2025, revelam um retrato interessante do consumo nacional. Em São Paulo, o produto mais vendido é a Coca-Cola 2L, enquanto no Nordeste a preferência recai sobre a cerveja Heineken 350ml. Entre os itens mais consumidos de forma geral estão chocolates, chicletes, congelados, salgadinhos e biscoitos, produtos que mostram como os minimercados autônomos se consolidaram como uma alternativa prática tanto para o lanche rápido quanto para as compras de conveniência.
O levantamento da empresa também indica um comportamento curioso: o consumo de bebidas alcoólicas aumenta cerca de 58% nos fins de semana (sexta a domingo) em comparação aos dias úteis. No período analisado, o volume de vendas nos três dias de maior movimento foi cerca de 50% superior ao registrado entre segunda e quinta-feira.













