O Canal Meio S.A., conhecido por sua inovadora abordagem no jornalismo digital, recebe sua terceira rodada de investimento (rodada series A) liderada pelo economista, investidor e ex-presidente do Banco Central do Brasil, Arminio Fraga, que passa a ser um sócio minoritário relevante e a ocupar uma cadeira no Conselho de Administração. A empresa deve dobrar o número de funcionários e planeja, ainda este ano, botar no ar um serviço de streaming de vídeo.
Fundado em 2016 por Pedro Doria (editor-chefe) e Vitor Conceição (CEO), o Meio consolida sua posição de referência no jornalismo digital brasileiro, mantendo seus fundadores nos postos de liderança e como sócios controladores. Na rodada de investimento anterior (rodada seed), realizada em abril de 2022, a startup já havia fortalecido seu quadro societário ao incorporar Silvio Genesini, ex-CEO da Oracle Brasil, ex-CEO do Grupo Estado e ex-sócio da Accenture, reafirmando seu compromisso com a excelência e a inovação no jornalismo.
Novo acionista da empresa, Arminio Fraga afirma: “O Meio é sinônimo de qualidade e confiabilidade, de fatos e boas análises. Não vivo sem.”
Pedro Doria fala sobre as perspectivas que se abrem para o Meio: “Nossos valores estão ancorados no compromisso com a Democracia Liberal e uma democracia não se sustenta num ambiente em que a desinformação predomina. Há gente demais mentindo sobre tudo, inclusive falseando a própria história do Brasil. Sem eleitores bem informados, democracias se fragilizam. A missão que todos os jornalistas de nossa geração temos é criar um jornalismo responsável, independente perante a polarização, e capaz de atrair leitores e espectadores no ambiente digital.”
Vitor Conceição comenta as perspectivas que a captação e chegada de novos sócios dá ao Meio: “Desde o início nossa visão para o Meio sempre foi a de que é possível construir um modelo de negócios sustentável para um veículo de jornalismo digital. Estamos passo a passo construindo nossa visão e aproveitando as oportunidades de cada momento. Apostamos em uma newsletter como forma de lançar. Nos últimos anos o vídeo foi nosso principal investimento e agora estamos indo atrás da migração do vídeo na Internet para a TV da Sala. O apoio de um grupo tão seleto de investidores nos dá confiança de que estamos no caminho certo.”
O modelo de negócio no qual o Meio aposta para a sobrevivência do jornalismo é o freemium, com parte do conteúdo gratuito, e parte pago via assinaturas. O crescimento é sustentado justamente por seus leitores e espectadores. Os novos investidores, todos oriundos da comunidade de leitores do Meio desde sua fundação, são reflexo deste DNA.
Além de Fraga, se juntam a essa jornada como acionistas nomes como Jayme Garfinkel, acionista controlador da seguradora Porto Seguro; Haakon Lorentzen, Presidente do Conselho da Lorinvest, além de membro ativo em diversas outras organizações; Marcelo Trindade, advogado e ex-presidente da CVM e Flavio Andrade, CEO da Oceanpact. Todos com o objetivo comum de investir na plataforma como uma resposta à crise de desinformação.
Ao lado de Pedro e Vitor, como sócios fundadores, e Armínio Fraga, passam a compor o Conselho de Administração do Meio também Silvio Genesini e Ricardo Gomara.
Criação de plataforma de streaming, novos estúdios e conteúdos proprietários marcam a expansão
Com os recursos dessa nova rodada, o Meio planeja expansões significativas, incluindo o lançamento de uma plataforma própria de streaming para dispositivos móveis e smart TVs. Além disso, será criada uma área dedicada à produção de documentários focados em história, cultura, sociedade, política, educação, entre outros temas, com o objetivo de reunir os melhores historiadores e o mais refinado conhecimento acadêmico do país, com foco em democratizar o acesso à informação de qualidade.
A expansão física também está nos planos, com a abertura de estúdios e redações em São Paulo e Brasília, além da ampliação do atual espaço no Rio de Janeiro. Paralelamente, o Meio visa aumentar significativamente sua equipe, fortalecendo ainda mais sua capacidade de produção jornalística.
O momento representa, portanto, mais do que um marco de crescimento do Meio, com seu compromisso com um jornalismo de qualidade em um cenário nacional e global desafiador, mas uma resposta contundente à proliferação de desinformação, especialmente no ambiente digital.