O ranking das marcas mais valiosas do país é um importante termômetro econômico. Ele reflete não apenas o valor financeiro, mas também a percepção de mercado e a influência dessas empresas. Em 2025, esse cenário promete continuar em evolução.
De acordo com o relatório Brand Finance Brasil 100 2024, o valor agregado das 100 principais marcas cresceu 4% em relação a 2023, atingindo US$ 77,2 bilhões. Esse crescimento ocorreu mesmo diante de desafios macroeconômicos, demonstrando a resiliência do setor.
O setor bancário, que historicamente domina o ranking, mantém sua força. Nos últimos oito anos, os maiores bancos concentraram uma parcela significativa do mercado. No entanto, mudanças no cenário corporativo, como o crescimento das fintechs, indicam transformações para os próximos anos.
A metodologia utilizada combina análise financeira com a percepção de mercado, oferecendo uma visão completa do valor das marcas. Essa abordagem ajuda a entender não apenas os números, mas também a relevância dessas empresas para o país.
As marcas mais valiosas do Brasil: quem lidera o ranking em 2025?
A liderança no ranking de 2025 revela a força das principais empresas brasileiras. O cenário econômico continua a ser moldado por grandes nomes, com destaque para o setor bancário e outras áreas em ascensão.
Itaú mantém o topo pelo oitavo ano consecutivo
O Itaú segue como líder do ranking pelo oitavo ano seguido, mesmo com uma queda de 4,4% no valor de mercado. Sua estratégia focada em clientes de menor risco e expansão de crédito tem sido fundamental para manter a hegemonia.
Bancos dominam as primeiras posições
O Banco do Brasil e o Bradesco ocupam o segundo e terceiro lugares, respectivamente. Enquanto o BB registrou crescimento de 11%, o Bradesco enfrentou uma queda de 2%. Essa diferença reflete as estratégias distintas adotadas por cada instituição.
Além dos bancos, empresas como a Localiza mostraram um salto impressionante, subindo da 16ª para a 7ª posição. Sua expansão geográfica e investimento em frota elétrica foram decisivos para esse crescimento.
Outros destaques incluem a Rede D’Or, com aumento de 54% no valor, e a Suzano, que cresceu 34%. Esses números reforçam a importância da inovação e da adaptação às demandas do mercado.
Setores que impulsionam o valor das marcas brasileiras
Diversos setores da economia brasileira contribuem para o valor das principais empresas. Cada área traz sua própria dinâmica, influenciando o mercado e a percepção dos clientes.
O destaque do setor bancário: Itaú, Banco do Brasil e Bradesco
O setor bancário continua sendo um dos pilares mais fortes da economia. Itaú, Banco do Brasil e Bradesco lideram com estratégias focadas em serviços digitais e atendimento personalizado.
Enquanto o Itaú mantém sua posição de topo, o Banco do Brasil registrou crescimento significativo. Já o Bradesco enfrentou desafios, mas segue como uma das principais instituições financeiras do país.
Petróleo, mineração e varejo: os outros grandes players
O setor de petróleo, liderado pela Petrobras, enfrentou volatilidade devido às flutuações do mercado global. A mineração, com destaque para a Vale, busca sinergias com energias renováveis.
No varejo, o crescimento foi heterogêneo. Enquanto o Pão de Açúcar registrou alta de 65%, o Assaí enfrentou queda de 13%. A transformação digital tem sido crucial para a adaptação dessas empresas.
Localiza e Natura: cases de crescimento e força de marca
A Localiza deu um salto impressionante, impulsionada por sua expansão geográfica e investimentos em frota elétrica. Já a Natura manteve sua força de marca com campanhas como #AmazoniaViva, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade.
Esses exemplos mostram como inovação e adaptação são essenciais para se destacar no mercado atual.
As marcas que mais cresceram em valor e relevância
O cenário empresarial brasileiro em 2025 destaca empresas que cresceram significativamente em valor e relevância. Essas organizações não apenas aumentaram seus números, mas também fortaleceram sua presença no mercado global.
Localiza: salto impressionante de 90% no valor
A Localiza é um exemplo claro de crescimento acelerado. Com um aumento de 90% no valor, a empresa consolidou sua posição no mercado de mobilidade. A aquisição da Unidas em 2022 foi um marco, ampliando sua frota e otimizando operações.
Além disso, a Localiza investiu em frota elétrica, com 16% de seus veículos sendo elétricos até 2025. Essa estratégia alinhada às tendências globais contribuiu para seu desempenho excepcional.
Vale e Nubank: expansão e inovação como diferenciais
A Vale também se destacou, com receita de US$ 50 bilhões em 2023, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Parcerias com a China e a transição para o níquel verde reforçaram sua posição no mercado global.
Já o Nubank expandiu suas operações para México e Colômbia, adotando um modelo digital-first. Com 80 milhões de clientes no Brasil, a fintech consolidou sua relevância no setor financeiro.
Esses exemplos mostram como inovação e adaptação são essenciais para o crescimento sustentável no mundo dos negócios.
Sustentabilidade e percepção do consumidor
A sustentabilidade tem se tornado um fator crucial na avaliação das empresas pelos consumidores. Com o aumento da conscientização ambiental e social, as práticas ESG (Environmental, Social, and Governance) ganharam destaque no mercado. No entanto, ainda existe um gap entre a percepção do público e as ações reais das organizações.
Itaú, Banco do Brasil e Bradesco lideram em ESG
O Itaú, Banco do Brasil e Bradesco são exemplos de instituições que investem em práticas sustentáveis. O Itaú, por exemplo, registrou um gap positivo de US$ 440 milhões, refletindo sua força em ESG. O Banco do Brasil também se destaca, com crescimento significativo em projetos verdes.
O Bradesco, apesar de enfrentar desafios, mantém uma posição sólida com um gap positivo de US$ 51 milhões. Esses números mostram como o setor bancário está alinhado às demandas dos consumidores por responsabilidade ambiental e social.
O gap entre percepção e realidade nas marcas brasileiras
Um estudo recente revelou que 72% dos brasileiros consideram ESG importante, mas apenas 32% estão dispostos a pagar um premium por produtos sustentáveis. Esse paradoxo é evidente em casos como o da Natura, que, apesar de sua forte responsabilidade social, registrou queda de 2,2% no valor de mercado.
A Petrobras, por outro lado, investiu US$ 293 milhões em projetos de sustentabilidade, melhorando sua percepção junto ao público. No entanto, estratégias de greenwashing ainda são um desafio, como no caso da Vale, que busca transparência em sua transição para o hidrogênio verde.
O BNDES, em 13º lugar no ranking, também tem um papel fundamental ao financiar projetos sustentáveis. Essas iniciativas mostram que, embora haja avanços, ainda há muito a ser feito para alinhar percepção e realidade.
O futuro das marcas brasileiras em um mercado em transformação
O futuro das empresas brasileiras está marcado por transformações tecnológicas e econômicas. A inteligência artificial, como o AI Manager do C6 Bank, está revolucionando a personalização de serviços, oferecendo soluções financeiras mais eficientes e adaptadas às necessidades dos clientes.
Na economia circular, a Braskem se destaca com investimentos em projetos sustentáveis, como a reciclagem avançada de plásticos. Essas iniciativas reforçam o compromisso com a sustentabilidade e abrem novas oportunidades no mercado.
Desafios regulatórios, como o Marco Legal do Gás, impactam setores como o da Petrobras, exigindo adaptações para manter a competitividade. O cenário político-econômico também influencia a percepção das empresas, afetando sua avaliação no mercado.
Para os próximos anos, espera-se a entrada de novas fintechs e energytechs no ranking, impulsionadas por inovações e demandas por soluções digitais e sustentáveis. O futuro promete ser dinâmico, com empresas que se adaptarem às mudanças liderando o caminho.